A coligação PSD/CDS-PP venceu hoje as legislativas regionais da Madeira, com 44% a 48% dos votos, o que, no limite mínimo, não lhe permite a maioria absoluta, segundo uma projeção da Universidade Católica Portuguesa para a RTP.
Com este resultado, a coligação Somos Madeira, formada pelos dois partidos que atualmente governam a região, consegue entre 23 e 26 mandatos, quando são necessários 24 para garantir a maioria absoluta no parlamento, que tem um total de 47 assentos.
Nesta projeção divulgada pelas 19:00, o PS consegue nove a 12 deputados (18% a 21%), o JPP quatro a seis (9% a 12%) e o Chega — que nunca esteve representado no parlamento do arquipélago – três a cinco (8% a 10%).
IL, que também nunca esteve representada no hemiciclo, CDU e BE alcançam, cada um, um mandato, enquanto o PAN surge com zero a um.
A IL tem entre 2% e 4% dos votos, e tanto a CDU (PCP/PEV) como o Bloco de Esquerda (que já teve deputados regionais) ficam entre os 2% e 3%. O PAN, que esteve representado na assembleia apenas num mandato, consegue entre 1% e 3%.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados).
O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
Segundo uma estimativa do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa, divulgada pela RTP às 18:30, a abstenção deverá situar-se este ano entre 44% e 48%.
A abstenção acabou por ficar nos 44,5% em 2019 e nos 50,42% em 2015, batendo-se nesse ano o recorde desde 1976, quando se realizaram as primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira.