“Uma caravana de carros com civis mortos a bordo foi descoberto”, informou o governador, na sua conta da rede social Telegram, reportando a morte de "24 pessoas, incluindo uma mulher grávida e 13 crianças".
"Os ocupantes [russos] atacaram os civis, que tentavam escapar do bombardeamento", denunciou Synegoubov.
A procuradoria-geral fala em sete carros, na caravana atingida pelo ataque russo, onde havia crianças na companhia dos pais.
Na sexta-feira, pelo menos outros 11 corpos de civis, mortos a tiro nos seus carros, tinham sido igualmente encontrados, numa caravana que fugia dos ataques russos, num local onde ocorreram recentemente confrontos entre as forças ucranianas e russas.
Perante a contra-ofensiva ucraniana que se tem desenrolado nos últimos dias, os soldados russos têm recuado para leste, atravessando o rio Oskil, onde estão a ser confrontados pelas forças comandadas por Kiev.
Na quinta-feira, um oficial separatista pró-russo acusou o exército ucraniano de ter disparado contra uma caravana automóvel com civis, na região de Kharkiv, que teria matado 30 pessoas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.