O naufrágio deu-se numa embarcação que naufragou a 63 milhas náuticas da localidade venezuelana de Güiria, 670 quilómetros a leste de Caracas.
Foi através do Twitter que a advogada venezuelana e defensora dos Direitos Humanos Rocio San Migu deu a conhecer esta tragédia, precisando que a embarcação em que navegavam estava desaparecida desde há três dias.
“A Guarda costeira encontrou 19 adultos e crianças afogados (…) Morreram procurando liberdade e um melhor futuro para as suas famílias, fugindo de maneira insegura da Venezuela”, explicou.
Por outro lado, o sacerdote Jesus Villarroel, da cidade de Carupano (leste da Venezuela), lamentou o ocorrido, chamando a atenção para a dor que vive o povo de Güiria.
“Hoje aparecem no mar corpos sem vida de migrantes. Levanto a voz em nome de todos eles, cujo grito clama ao céu. Acompanhamos na Igreja a dor dos seus familiares”, disse aos jornalistas.
De momento é desconhecido o número total de tripulantes da embarcação, e as vítimas teriam partido desde Güiria no domingo 6 de dezembro, segundo o comissário que representa a oposição na Organização de Estados Americanos (OEA), David Smolansky.
A pequena embarcação havia chegado a Trinidad e Tobago mas foi impedida de atracar, tendo naufragado no regresso à Venezuela.
“Fugiram do regime (venezuelano) e Trinidad e Tobago violou o princípio de não devolução”, num ato de “crueldade pura”, escreveu Smolansky na sua conta do Twitter.
Segundo o político venezuelano, além de homens e crianças morreram também algumas mulheres.