"Constitui um motivo de orgulho para a nossa região autónoma e para o país, em particular, para a comunidade católica. Uma fulgurante e marcante carreira na hierarquia da Igreja Católica de um homem inquieto com os grandes desafios que se colocam à nossa civilização, multifacetado, profundamente humanista que, no ano passado, quando foi nomeado bispo, afirmou com simplicidade e humildade que só os verdadeiramente grandes podem ter: ‘Não sei ser bispo. Vou ter de aprender’".
Tranquada Gomes desejou a Tolentino Mendonça "os maiores sucessos no desempenho das suas relevantes funções que em muito honram e prestigiam a região autónoma".
O Papa Francisco anunciou no domingo, após o ‘angelus’, que o arcebispo português Tolentino de Mendonça vai ser nomeado cardeal em 05 de outubro.
De acordo com a agência Ecclesia, o também bibliotecário do Vaticano torna-se assim no sexto cardeal português do século XXI e no terceiro a ser designado no atual pontificado.
O madeirense junta-se aos cardeais José Saraiva Martins, Manuel Monteiro de Castro, Manuel Clemente e António Marto e a José Policarpo, falecido em 2014.
O consistório, agendado para 05 de outubro, irá criar 13 novos cardeais (10 eleitores), nos quais também se incluem o arcebispo de Jacarta, Ignatius Suharyo Hardjoatmodjo, e o arcebispo de Kinshasa, Fredolin Ambongo Besungu.
O grupo inclui também nomes como Jean-Claude Hollerich, arcebispo do Luxemburgo, Matteo Maria Zuppi, arcebispo de Bolonha e Michael Czerny, secretário da secção de migrantes e refugiados do dicastério para o serviço do desenvolvimento humano integral.
"Rezemos pelos novos cardeais, para que, confirmando a sua adesão a Cristo, me ajudem no meu ministério de bispo de Roma, para o bem de todo o santo povo fiel de Deus", apelou Francisco, na Praça de São Pedro, após anunciar as nomeações.
Atualmente, o colégio cardinalício é composto por 216 cardeais, dos quais 118 são eleitores e 98 não eleitores, aos quais se vão somar os 13 anunciados no domingo.
Em 26 de junho, o vice-reitor da Universidade Católica e diretor da Faculdade de Teologia, José Tolentino de Mendonça, foi indigitado como arquivista e bibliotecário do Vaticano, cargo para o qual lhe foi atribuído o título de arcebispo.
Tolentino de Mendonça ficou a tutelar a mais antiga biblioteca do mundo, substituindo Jean-Louis Bruguès, que assumiu o cargo em 2012.
C/ LUSA