O chefe do Governo Regional fez esta observação na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) durante o debate sobre a Região.
"Reforçamos e continuaremos a reforçar as verbas para o apoio aos nossos concidadãos, bem como aos nossos idosos", disse, salientando que "as medidas de apoio social para este ano representam 21 milhões de euros, um reforço de 13% relativamente a 2017".
Miguel Albuquerque salientou ainda que "o investimento público, a par do crescimento do investimento privado, é hoje uma realidade na Região Autónoma".
"Enquanto o Governo central das esquerdas teve, em 2016 e 2017, o investimento público mais baixo da União Europeia, abaixo dos 1,5 % do PIB, pior do que nos anos da ‘troika’, um terço da média comunitária, com as consequências desastrosas a nível da degradação das infraestruturas e funcionamento dos serviços essenciais", na Madeira, o Governo Regional continua "a realizar investimentos para o benefício da população".
Miguel Albuquerque sintetizou os seus três anos de governo, dizendo haver "mais investimento, mais emprego, mais proteção social, menos impostos, mais rendimento disponível para as famílias".
"Defenderemos, sempre, em qualquer circunstância, a nossa região e a nossa autonomia", disse, concluindo, ao responder ao líder parlamentar do PSD, Jaime Filipe Ramos, que teria feito mais "se não existisse este cozinhado de cambalacho do Governo das esquerdas contra a Madeira".
Rui Barreto, presidente do CDS/PP, alertou que o debate não devia ser transformado "no debate das relações entre a Madeira e o continente", porque "há questões que dependem exclusivamente" do Governo, nomeadamente a redução da carga fiscal, promover a agricultura, criar as condições para a entrada de uma terceira companhia aérea na rota Madeira – continente e criar um segundo operador no porto do Caniçal.
O líder do grupo parlamentar do PS, Vitor Freitas, questionou o Governo sobre "onde andam" os apoios às autarquias fustigadas pelas intempéries de fevereiro que causaram grandes prejuízos na zona costeira e nas explorações agrícolas.
A deputada do PCP, Sílvia Vasconcelos, questionou sobre a autoclavagem dos resíduos hospitalares na Estação de Tratamento da Meia Serra que faria a região poupar 600 mil euros por ano, ao que a secretária regional do Ambiente e Recursos Naturais, Susana Prada, respondeu revelando que o sistema estará concluído em agosto.
Roberto Almada, do BE, criticou "o cerco montado pelos interesses privados que mandam na Região Autónoma", o deputado não inscrito, Gil Canha, secundando o BE, também deplorou a concessão, por mais dez anos, ao Grupo Pestana da gestão do Centro Internacional de Negócios da Madeira e a deputada do PTP, Raquel Coelho, enalteceu a realização do debate da região que considerou "um salto qualitativo" na vida democrática da região, numa crítica dirigida à governação de Alberto João Jardim.
Respondendo a Gil Canha, o presidente do Governo Regional enalteceu a "colaboração efetiva" desenvolvida pelo Governo da República em defesa do Centro Internacional de Negócios da Madeiram adiantando estar em curso o seu reforço, nomeadamente para áreas como a certificação de diamantes, o registo de aeronaves e o registo de patentes.
Carlos Costa, do JPP, considerou o discurso do Governo Regional "repetitivo, gasto e vergonhoso", chamando a atenção para a falta de atenção e de políticas para com a "renovação geracional".
LUSA