O líder do partido Trabalhista britânico apresentou hoje uma moção de censura ao governo, na sequência da derrota no parlamento do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia, por uma diferença de 230 votos.
A moção será debatida e votada na quarta-feira, propôs a primeira-ministra, Theresa May.
"Estou satisfeito que a moção seja debatida amanhã [quarta-feira]. Para que esta Câmara [dos Comuns] possa dar o seu veredicto sobre a incompetência deste governo", disse Corbyn.
Uma maioria de 442 deputados reprovou hoje o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia no parlamento britânico contra 302 a favor, uma desvantagem de 230 votos, um número sem precedentes.
O voto culminou cinco dias de debate e aconteceu após um mês após a data inicialmente prevista, a 11 de dezembro, quando foi adiado pelo governo devido ao risco de derrota.
“Se um acordo é impossível, e ninguém quer um «não acordo», então quem terá finalmente a coragem de dizer qual é a única solução positiva?”, escreveu Tusk na sua conta oficial na rede social Twitter.
A mensagem de Tusk foi publicada imediatamente após ser conhecido o resultado da votação na Câmara dos Comuns, que rejeitou hoje à noite de forma expressiva o acordo de saída negociado entre o Governo da primeira-ministra Theresa May e a União Europeia.
“O risco de uma saída desordenada do Reino Unido aumentou com o voto de hoje à noite. Embora não queiramos que tal suceda, a Comissão Europeia vai continuar o seu trabalho de contingência para ajudar a garantir que a UE está completamente preparada”, afirmou Jean-Claude Juncker, numa declaração divulgada em Bruxelas.
Apontando que, do lado da União Europeia, “o processo de ratificação do Acordo de Saída continua”, Juncker exorta o Reino Unido “a clarificar as suas intenções tão brevemente quanto possível”, lembrando que “o tempo está quase a esgotar-se”, dado a consumação do ‘Brexit’ estar agendada para 29 de março próximo.
C/ LUSA