O PSD e o CDS apresentam como cabeça de lista da coligação “Madeira Primeiro” o presidente do município de Câmara de Lobos, o social-democrata Pedro Coelho que está à frente da autarquia deste concelho contíguo a oeste do Funchal desde 2013 e venceu as autarquias sempre com maioria absoluta.
Quanto ao PS/Madeira – o maior partido da oposição madeirense – aposta no líder regional, Paulo Cafôfo, o dirigente socialista que conseguiu tirar pela primeira vez a maioria absoluta ao PSD na Câmara Municipal do Funchal, encabeçando a coligação “Mudança” (2013), e que foi secretário de Estado das Comunidades no atual Governo, liderado por António Costa.
O Juntos Pelo Povo (JPP) escolheu para candidato o presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, Filipe Sousa, o fundador deste partido que começou como movimento de cidadãos na freguesia de Gaula e também retirou a maioria que o PSD sempre detivera nesta autarquia vizinha do Funchal em 2009, governando o concelho com maioria desde 2013.
O Chega apresentou um ex-deputado do PSD no parlamento madeirense na Assembleia da República e na Assembleia Municipal do Funchal, Francisco Gomes, que é licenciado em Ciência Política e Comunicação Social e trabalhou na secretaria regional do Turismo e na do Ambiente da Madeira.
O PAN (Partido-Animais-Natureza) – a força partidária que exigiu a demissão de Miguel Albuquerque para manter o acordo de incidência parlamentar que suporta a maioria absoluta do PSD/CDS na Assembleia da Madeira – indicou o advogado Marco Gonçalves, um defensor das causas animais que integrou como independente as listas da CDU ao parlamento nacional, em 1999, e à Câmara do Funchal, em 200).
O Bloco de Esquerda tem como cabeça de lista a sua coordenadora regional, Dina Letra; a CDU (PCP/PEV) a sua ex-deputada, a veterinária Silvia Vasconcelos; o PTP a ex-deputada Raquel Coelho e o partido ADN Miguel Pita, que também encabeçou a candidatura nas legislativas regionais de setembro de 2023.
Os outros candidatos indicados são o advogado Gonçalo Maia Camelo, que integra a direção da Associação Comercial do Funchal (ACIF) pela Iniciática Liberal (IL); o engenheiro Miguel Silva pelo Movimento Partido da Terra (MPT) e o assistente operacional no município do Funchal António Santos (Nós, Cidadãos)
O Ergue-te candidata a funcionária judicial Isabel Montalvão, o PPM o seu coordenador regional, o segurança privado Paulo Brito, sendo a enfermeira Joana Mendes a cabeça de lista do Reagir Incluir Reciclar (RIR), enquanto o Livre indica o pensionista Carlos Andrade e o Volt Portugal o programador informático Vitor Ferreira
O circulo eleitoral da Madeira tinha inscrito nas últimas eleições legislativas de 30 de janeiro de 2022 um total de 256.463 eleitores e 16 candidaturas concorrentes: Movimento Alternativa Socialista (MAS), MPT – Partido da Terra, JPP, Alternativa Democrática Nacional (ADN), PSD/CDS-PP, PTP, RIR, Ergue-te, Bloco de Esquerda, CDU (coligação PCP/PEV), Iniciativa Liberal, PS, Livre, PPM, PAN e Chega.
Nesse ato eleitoral, o PSD, que sempre havia concorrido sozinho neste tipo de ato eleitoral decidiu coligar-se pela primeira vez com o CDS, mas apenas conseguiu manter os três lugares que detinha no parlamento nacional, os mesmos que o PS.
O terceiro partido mais votado na Madeira foi o JPP (8.721 votos), mas não conseguiu eleger qualquer representante para a Assembleia da República, seguindo-se o Chega (1.186 votos), enquanto a a Iniciativa Liberal (IL) obteve 683 votos (3,25%), o BE 668 votos (3,17%), o PAN 351 (1,67%) e PCP-PEV 347 (1,65%).
Lusa