A Câmara Municipal do Funchal pretende avançar no próximo ano com um sistema de controlo e gestão de perdas de água potável orçado em 2,5 milhões de euros, disse ontem o vice-presidente da autarquia, Miguel Gouveia.
"O projeto consiste na colocação de válvulas redutoras de pressão que permitem detetar as perdas e a Câmara do Funchal quer aplicar o mesmo equipamento usado pela EPAL (Empresa Portuguesa das Águas Livres)", explicou o autarca, que ontem apresentou, durante a reunião do executivo, o balanço de uma visita efetuada àquela instituição.
Miguel Gouveia disse que o objetivo é definir várias Zonas de Monotorização e Controlo (ZMC) nas três maiores freguesias do concelho – São Martinho, Santo António e São Roque -, o que corresponde a 40% do total de 600 quilómetros de rede de água potável.
A EPAL avançou com as Zonas de Monotorização e Controlo a partir de 2006 e a Câmara Municipal do Funchal pretende agora estabelecer uma parceria com a empresa ao nível da formação.
Miguel Gouveia disse, por outro lado, que a autarquia pretende desenvolver, também no próximo ano, um projeto de substituição de vários troços de rede de água potável em fibrocimento, uma obra orçada em três milhões de euros.
"Os dois projetos foram candidatos ao POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos) e esperamos colocá-los no terreno já no próximo ano", disse.
Na reunião de ontem, o executivo camarário, liderado pela coligação Confiança (PS/BE/JPP/PDR/Nós, Cidadãos!), aprovou por unanimidade a adjudicação da concessão do restaurante "A Gruta", que se encontra fechado há décadas, por um período de 15 anos e com uma renda mensal de 2.010 euros.
"É um espaço que reside na memória coletiva dos funchalenses e dos madeirenses, porque foi um dos ícones da restauração da cidade do Funchal", lembrou Miguel Gouveia.
"A Gruta" situa-se no Parque de Santa Catarina, ao nível da Avenida Sá Carneiro, uma das marginais da capital madeirense, que conduz ao porto de cruzeiros, que este ano já movimentou mais de 400 navios e cerca de 500 mil passageiros.
No caderno de encargos estão previstas obras no valor de 100 mil euros antes da abertura ao público em 2018.
"Vamos devolver à cidade um dos seus mais célebres espaços de restauração", vincou Miguel Gouveia.
LUSA