A entrada nos jardins da Quinta Vigia, sede da presidência do Governo Regional da Madeira, vai passar a custar um euro a partir desta semana, após 32 anos de acesso gratuito.
"A partir de segunda-feira (dia 6 de junho) a entrada passa a custar um euro, para manter o jardim", disse à agência Lusa o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque.
"O dinheiro entra na administração, o jardim tem um espaço todo cuidado, tem jardineiros e é uma ajuda que acho que ninguém se oporá", acrescentou.
Haverá, no entanto, entradas gratuitas para grupos organizados de instituições sociais.
A parte do espaço onde funciona a sede da presidência do Governo Regional fica separada do circuito do visitante, que inclui a uma capela.
Miguel Albuquerque anunciou na quinta-feira, no debate parlamentar sobre turismo, que o Governo Regional rejeita aplicar uma ecotaxa e prefere cobrar entradas em lugares de interesse público.
A Quinta Vigia data do século XVII e, inicialmente, era conhecida por Quinta das Angústias, devido à capela, dedicada a Nossa Senhora das Angústias. Uma resolução governamental de 1982 determinou que a sua denominação oficial passaria a ser de Quinta Vigia.
Depois de passar por mãos privadas, em 1979 o Governo Regional adquiriu o espaço de 10.000 metros quadrados para ali instalar a residência oficial do presidente do Governo Regional.
Em 1984, ficaram concluídas obras de melhoria do espaço, mas, como o então presidente, Alberto João Jardim, optou por viver na sua residência privada, a Quinta Vigia foi consignada apenas à instalação de serviços públicos e atos de representação oficial em nome da região autónoma.
Os jardins, com árvores de grande porte, plantas e flores endémicas da região, são visitados mensalmente por 7.000 a 9.000 pessoas.