O Banco Alimentar Contra a Fome e a Secretaria da Inclusão e Segurança Social da Madeira anunciaram hoje, no Funchal, que vão estabelecer na ilha do Porto Santo o projeto "Dar e Receber", visando o apoio a pessoas carenciadas.
"A situação [no Porto Santo] é muito preocupante, porque há uma grande sazonalidade no emprego e porque a característica da população desempregada é, talvez, diferente daquela que existe noutros pontos do país", disse a presidente do Banco Alimentar, Isabel Jonet, após reunião com a secretária regional da Inclusão e Assuntos Sociais, Rubina Leal.
"Não se trata só de idosos, trata-se de pessoas em idade ativa que não têm onde trabalhar, porque o emprego é muito sazonal", sublinhou Isabel Jonet, salientando que o projeto "Dar e Receber" poderá, depois, ser replicado noutros concelhos da região.
"Esta rede ‘Dar e Receber’, o que faz é congregar todas as entidades que atuam no terreno, independentemente das suas opções políticas, ideológicas, religiosas ou o que seja", disse, vincando que o empenho ficou demonstrado, numa primeira reunião no Porto Santo, na quarta-feira, que juntou a Câmara Municipal, a Junta de Freguesia, a Conferência de São Vicente de Paulo, a Segurança Social, as instituições de solidariedade social e a procuradora da República.
A Secretaria da Inclusão e Assuntos Sociais e o Banco Alimentar estão, também, a estudar formas de otimizar a distribuição de alimentos e melhorar a capacitação das instituições associadas.
Rubina Leal lembrou, a propósito, que o Governo Regional tem contratos-programa com 104 instituições e realçou que a Madeira vai beneficiar, a partir de outubro, do Fundo Europeu de Apoio aos Carenciados, através do fornecimento direto de géneros alimentares.
A secretária regional destacou, ainda, a criação do Laboratório Social, que conta com uma "vertente formativa e de apoio muito forte às instituições".