Segundo a nota hoje publicada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Sobrinho utilizou a sociedade Holdimo, que também foi acusada e era por si controlada (uma vez que era sócio maioritário), como veículo de investimento” nos ‘leões’, com transferências realizadas a partir de contas do BESA domiciliadas em Lisboa, “cujos fundos se destinavam a financiar a atividade do banco, mas que o arguido utilizou como se fossem seus”.
“Num primeiro momento, a sociedade arguida teria investido no clube um total de 16.050.000 € e receberia como retribuição um montante calculado sobre o valor da venda dos passes dos jogadores, devido em função da percentagem dos direitos económicos que adquiriu pelo investimento”, pode ler-se no comunicado, acrescentando que a verba transferida foi reconvertida depois em ações.
Álvaro Sobrinho viria ainda a investir através daquela sociedade mais quatro milhões de euros, elevando para 29,85% o capital detido pela Holdimo na SAD do Sporting (que entretanto já foi diluído em 2022 para cerca de 13,28% e para 9,9% durante este ano).
“Através das operações descritas na acusação, indicia-se que o arguido logrou encobrir o rasto das referidas quantias monetárias, fazendo-as passar por verbas obtidas de forma lícita, quando, na verdade, as havia obtido por apropriação de valores do BESA”, referiu o MP.
Lusa