"Desde 2013 que a economia venezuelana não tem deixado de cair. A contração dos diferentes setores da economia não tem precedentes históricos, destacando-se a [contração na] construção, com uma queda acumulada de 92% entre 2013 e 2018", na capital do país, segundo o economista Asdrúbal Oliveros.
Segundo o diretor da revista Ecoanalítica, o mercado imobiliário está a sofrer os efeitos de "um contexto de aguda crise económica e de contração do poder aquisitivo".
"Os preços encontram-se num mínimo histórico. Neste momento, o preço do metro quadrado é de apenas 12% do que era, por exemplo, em 1997 (há 22 anos), usando como referência a Área Metropolitana de Caracas", disse aos jornalistas.
Por outro lado, segundo o presidente da Câmara Imobiliária da Venezuela, Carlos Alberto González, em média, a nível global (em toda a Venezuela), o preço do metro quadrado dos imóveis caiu 75% nos últimos 20 anos.
Os dados do próprio Banco Central da Venezuela dão conta de que o setor regista 19 trimestres seguidos de contração e que, entre novembro e dezembro de 2018, a queda foi de 13%.
A imprensa venezuelana dá conta de que há vários edifícios novos ou recentemente construídos em várias zonas de Caracas, por exemplo em Las Mercedes, mas que permanecem vazios.
Por outro lado, fontes do setor explicaram à Lusa que, além da venda, também o aluguer de imóveis tem sido afetado pela crise que levou ao encerramento de empresas.
Segundo o diretor da Ecoanalítica, Asdrúbal Oliveros, as pessoas mantêm várias expectativas em relação à situação atual.
C/ LUSA