Comparativamente a 2021, registaram-se quebras de 2,7% na quantidade, mas um aumento em valor de 8,4%. Com efeito, o valor de comercialização de Vinho Madeira de 2022 é o mais alto de sempre e mesmo descontando a inflação, ou seja, anulando o efeito do crescimento de preços, está-se perante um máximo desde 2002. No ano em referência, as vendas em território nacional apresentam uma evolução positiva face a 2021, quer nas quantidades (+35,4%), quer em valor (+41,9%). Assim, a comercialização no mercado nacional atingiu os 583,4 mil litros e rendeu um valor aproximado a 5,3 milhões de euros, dos quais 463,9 mil litros e 4,1 milhões de euros são das vendas efetuadas na Região Autónoma da Madeira.
Nos países da União Europeia (UE), destaque para a ligeira quebra das vendas para o mercado francês – que continua a ser o mercado mais importante no conjunto dos países da UE – com variações de -3,1% e -2,4%, na quantidade e em valor, respetivamente. A mesma tendência verificou-se em outros dois importantes mercados, na Alemanha (-13,2%; -12,0%) e na Bélgica (-25,9%; -6,7%). No mercado extracomunitário, saliência pela positiva para o Japão (+20,8% nas quantidades e +25,2% em valor) e pela negativa para o Reino Unido (-31,6%; -15,7%). Com quebra (-15,6%) na quantidade, mas aumento no valor (+11,3%), o mercado norte-americano, continua como o mais importante, em termos de valor comercializado.
Do total comercializado, 74,2% correspondeu a vinho engarrafado, vendido em média a 8,29 euros/litro (7,25 euros/litro no ano de 2021). O restante vinho foi vendido a granel a um preço médio de 2,72 euros/litro (mais 0,04 euros/litro que em período homólogo).
Reduzindo a análise ao 4.º trimestre do ano, observa-se que a quantidade de vinho da Madeira comercializada foi de 916,4 mil litros, gerando aproximadamente 5,9 milhões de euros de receitas de primeira venda. Comparativamente ao mesmo período de 2021, observa-se que tanto a quantidade comercializada (-15,1%), como o valor de primeira venda (-10,6%), apresentam variações homólogas negativas, prolongando a tendência já verificada no trimestre anterior.