O Tribunal considerou a gigante norte-americana de serviços ‘online’ culpada de uma violação administrativa por falhar repetidamente as "suas responsabilidades de garantir a cópia, sistematização, recolha e armazenamento de dados pessoais de cidadãos russos em bancos de dados localizados em território russo", revelou a agência Interfax.
De acordo com o regulador de comunicações russo (Roskomnadzor), cerca de 600 empresas estrangeiras residentes na Rússia, incluindo a Apple, a Microsoft e a Samsung, cumprem atualmente os requisitos da lei russa para armazenar os seus dados em servidores russos.
As empresas ou serviços que se recusarem a cumprir esse requisito podem enfrentar o destino da rede social LinkedIn, que foi bloqueada em 2016 a pedido do Roskomnadzor.
A Justiça russa já multou o Google em várias ocasiões por considerar que publicou "informações falsas" sobre a campanha militar na Ucrânia, em particular notícias sobre o número de vítimas civis em zonas de combate e sobre ligações extremistas que colocam em destaque os cidadãos russos e autoridades do país.
A Rússia anteriormente restringia o acesso a redes sociais como Facebook, Twitter e Instagram e não descarta o bloqueio da plataforma de vídeos online YouTube, que pertence ao Google, e que em meados de março bloqueou canais de informação estatal russos, como os Russia Today (RT), Rossiya 24 ou a agência Sputnik.