O ataque aconteceu concretamente na população de Smela, de acordo com o porta-voz do exército do exército, o general Igor Konashenkov, em declarações à Interfax, citadas pela agência Europa Press.
O responsável deu conta da destruição, na localidade de Alekseyevka, de um armazém de petróleo com combustível diesel para os equipamentos militares das Forças Armadas ucranianas.
Outros cinco depósitos de munições das Forças Armadas da Ucrânia também foram destruídos em várias regiões, tal como seis projeteis do sistema norte-americano de alta mobilidade Himars e um míssil anti-radar Harm, perto da região de Kherson, este do país.
Segundo autoridades locais, nas regiões fronteiriças de Kursk e Belgorod e na província ucraniana anexada de Lugansk, a Rússia começou a construir linhas de defesa.
“Esta semana completou-se o trabalho de dotação de pessoal e construção de duas linhas de defesa reforçadas da região de Kursk”, escreveu hoje no seu canal do sistema de mensagens Telegram Roman Starovoit, governador de Kursk, que faz fronteira com a província ucraniana de Sumy.
Exibindo fotografias, o responsável mostrou os trabalhos desenvolvidos, incluindo o de escavações de uma trincheira para um terceira linha de defesa, que deve ficar pronta em 5 de novembro.
“Estamos prontos para repetir qualquer invasão no nosso território”, disse.
No sábado, o governador de Belgorod, que faz fronteira com a região ucraniana de Kharkiv, publicou imagens com estruturas de proteção antitanques, semelhantes a “dentes de dragão”, blocos de cimentos piramidais usados na Segunda Guerra Mundial para impedir o avanço de brigadas mecanizadas.
Estas linhas de defesa juntam-se às que estão a ser erguidas pelo grupo Wagner em Lugansk, no este da Ucrânia, com escavações e dentes de dragão, apelidada de “linha Prigozhin” ou “linha Wagner”.
Os serviços de informações britânicos revelaram na sua análise de hoje que o projeto sugere que a Rússia “está a fazer um esforço significativo para preparar defesas em profundidade atrás da atual linha da frente, provavelmente para impedir qualquer contraofensiva ucraniana rápida”.
Londres indica que, se os mapas de construção das linhas de defesa forem tão exatos como afirma Prigozhin, fundador do grupo Wagner, “é provável que as obras se inclinem a integrar o rio Siverski Donets na zona defensiva, seguindo parcialmente a linha de controlo de 2015”.
O Instituto para o Estudo da Guerra, dos Estados Unidos, defendeu, por seu lado, no seu relatório de hoje que os mapas russos mostram que a extensão da “linha Wagner” proposta por Prizoghin defenderia a fronteira entre a região russa de Belgorod e as províncias ucranianas de Sumi, Kharkiv e Lugansk.
Mas acrescenta que não conseguiria cobrir o norte de Lugansk, contrariando as promessas do Kremlin de defender toda a região anexada, sendo apenas suficiente para cobrir a zona já controlada pela Rússia antes da invasão de fevereiro.