O resultado operacional EBITDA atingiu os 12,8 milhões de euros em 2022.
"Os resultados superaram o orçamento e ficaram acima das expetativas negativas decorrentes da guerra da Ucrânia, evolução negativa da taxa de inflação, aumento do custo de energia e das taxas de juro e clima generalizado de incerteza", refere a RTP.
Apesar destes fatores, prossegue a administração da RTP em comunicado, "foi possível obter ganhos de eficiência, que levaram a resultados económicos e financeiros positivos e a reduzir a dívida bancária".
Entre as principais razões para o desempenho financeiro da rádio e televisão públicas esteve o aumento homólogo de 3,3% das receitas para 230,6 milhões de euros, "com o crescimento das receitas comerciais em 3,9 milhões de euros (9,3%) e da contribuição para o audiovisual (CAV) em 3,5 milhões de euros (1,9%)".
No período em análise, os gastos e perdas subiram 4,2% para 217,8 milhões de euros devido ao aumento de sete milhões de euros de custo de grelha, nomeadamente "pelo efeito dos direitos de transmissão do Mundial de Futebol 2022, tendo este custo sido parcialmente compensado pela redução de custo da restante grelha" e à subida dos custos com pessoal e Fornecimentos e Serviços Externos (FSE) "no total de 1,7 milhões de euros".
O aumento dos FSE é "explicado pelo aumento de custos energéticos", justifica a RTP.
"O endividamento bancário diminuiu 7,4 milhões para os 84,8 milhões de euros e o capital próprio foi reforçado em 5,4 milhões de euros, contribuindo para a melhoria do balanço da RTP", adianta a empresa.
O investimento foi de quatro milhões de euros, "abaixo dos sete milhões de euros orçamentados, devido a limitações de disponibilidade de equipamentos e tempos de entrega e necessidade de rever procedimentos de compra".
"Apesar da não atualização do valor da CAV, a RTP continua a privilegiar o investimento em inovação, prevendo reforçar o seu investimento em 2023, em sustentabilidade energética (com candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência [PRR] já aprovadas, num total de 7,3 milhões de euros)", conclui.
Lusa