Segundo o INE, parte significativa desta variação é justificada pelo efeito de estabilização dos preços, dado que o índice de preços na produção industrial (IPPI) não registou variação face a 2022.
Os maiores contributos para a evolução negativa do total da venda de produtos e prestação de serviços verificaram-se nas atividades de fabricação de coque, de produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis.
O valor das indústrias alimentares manteve-se, em 2023, como a divisão com maior peso relativo no total das vendas e prestação de serviços (15,0%) registando um crescimento de 9,2% face ao ano anterior, totalizando 17,4 mil milhões de euros.
A fabricação de veículos automóveis registou, em 2023, um total de vendas e prestação de serviços industriais de 11,2 mil milhões de euros, mais 4,4%, voltando a ocupar a segunda posição, com um peso de 9,7% no total de vendas e prestação de serviços.
A fabricação de coque, de produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis diminuiu 20,5% em 2023, descendo uma posição e ocupando o terceiro lugar, com um total de 9,6 mil milhões de euros (8,3% do total).
O valor da produção industrial vendida no mercado nacional (57,4 mil milhões de euros), foi ligeiramente superior às exportações e diminuiu 3,9% face a 2022.
As vendas para os mercados externos, que corresponderam a 54,2 mil milhões de euros, desceram 3,1% com o mercado Extra-UE a registar um decréscimo superior ao do mercado Intra-UE (-4,4%).
Portugal registou um decréscimo no valor das vendas de produtos industriais (-1,4%), enquanto na União Europeia se verificou um crescimento de 1,4%.
O peso de Portugal no total da produção industrial da União Europeia registou uma diminuição de 0,05 pontos percentuais (p.p.) face a 2022.