A DREM enviou hoje a informação de estatística na área da Agricultura e Pesca para o ano de 2021. Na agricultura, a produção de batata e uva cresceu, enquanto a de cana-de-açúcar e banana diminuiu. Entre as culturas temporárias, a batata continua a ser a cultura com maior volume de produção (25 944 toneladas), observando-se um ligeiro acréscimo de 0,1%, face a 2020. A cana-de-açúcar surge como a segunda produção mais relevante neste grupo, com 9 203 toneladas, menos 415 toneladas (-4,3%) que em 2020. Já nas culturas permanentes destacaram-se as produções de banana (21 219 toneladas; -4,8% face ao ano anterior) e de uva de castas vitis vinifera (3 982 toneladas; +2,1% que em 2020). Destaque também para a banana de categoria extra, que representou 80,2% do total processado pela GESBA. No caso da uva – cuja origem de informação é o Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira, (IVBAM, I.P.) – é de referir que 74,3% da produção total foi de tinta negra (78,7% em 2020).
No que toca á produção animal, a produção de ovos e gado abatido apresentaram crescimentos em 2021. Sendo que no ramo da avicultura industrial, a produção de ovos ascendeu a 23,1 milhões de unidades, aumentando 16,4% face ao ano anterior. Tendência contrária foi registada no abate de frango, cujo volume rondou as 3,2 mil toneladas, o que representa um decréscimo de 6,7% face a 2020. O total em peso de reses abatidas e aprovadas para consumo da população, em 2021, foi de 963,9 toneladas (peso limpo), mais 3,8% que no ano precedente. Este crescimento reflete o incremento verificado no abate de suínos (+11,9%), de ovinos (+9,4%) e de bovinos (+3,3%). Contrariamente, o abate de caprinos diminuiu 7,5%. A espécie mais abatida, em 2021, foi a da raça bovina (93,0% do total).
Já no sector da pesca, houve uma subida nas descargas em 2021. O total de pesca descarregada nos portos da Região aumentou 6,7% face a 2020, ascendeu a 5,2 mil toneladas. Já o valor de primeira venda caiu 3,0%, com o acumulado anual a rondar os 14,1 milhões de euros. A evolução positiva nas quantidades capturadas de pescado resultou fundamentalmente do acréscimo nas capturas de atum e similares (+21,7%), embora as capturas de cavala e de chicharro também tivessem aumentado 23,1% e 24,7%, respetivamente. Contudo, o peixe-espada preto registou uma quebra de 12,3% nas capturas, relativamente ao ano anterior. O atum e similares manteve-se como a espécie mais abundante, em 2021, totalizando 2,8 mil toneladas (54,1% do total de pesca descarregada), seguido do peixe-espada preto, que atingiu um total de 1,9 mil toneladas (36,1%). Em termos de receita na primeira venda, o atum e similares registou um ligeiro aumento, de 0,5% face a 2020, totalizando 6,8 milhões de euros, enquanto o peixe-espada preto diminuiu 13,4%, para um valor de 5,5 milhões de euros.
Nas Contas Económicas da Agricultura e Exportações de produtos agrícolas, a produção do ramo agrícola decresceu em 2020. Os dados provisórios das Contas Económicas da Agricultura Regionais (CEAREG), mostram que na Região Autónoma da Madeira (RAM), a produção do ramo agrícola, em 2020, se fixou em 96,8 milhões de euros, decrescendo 3,6% em termos nominais face ao ano precedente. A RAM expediu 17,1 mil toneladas de banana e 0,6 toneladas de batata-doce. De salientar ainda a saída de cerca de 2,6 mil próteas.
Nos preços agrícolas: Índices dos produtos agrícolas e dos meios de produção cresceram em 2021 Em 2021, o índice de preços dos bens agrícolas no produtor cresceu 9,4% comparativamente a 2020. Para o referido acréscimo contribuíram essencialmente a variação dos índices de preços de outros produtos vegetais (+16,0%), dos vegetais e produtos hortícolas (+12,9%) e da batata para consumo (+6,5%). Por sua vez, o índice de preços dos meios de produção de consumo corrente na agricultura registou uma subida de 20,0% relativamente ao ano anterior, determinada essencialmente pelo aumento do índice de preços dos adubos e corretivos (+60,9%).