“Mais de metade dos entrevistados prefere viajar dentro do próprio país e 31% planeia viajar para países europeus”, segundo o estudo, que pretende refletir as alterações ocorridas nos hábitos de viagem devido à Covid-19.
Cerca de 47% dos inquiridos portugueses escolhem fazer férias em julho, agosto e setembro de 2021, mas 22% ponderam viajar apenas a partir de 2022, uma tendência em linha com a análise global do questionário.
Segundo o documento, 79% dos portugueses pondera fazer uma “viagem de lazer” nos próximos 18 meses, no entanto, “há também um crescente interesse em arrendar para uso relacionado com o trabalho remoto”.
Nos próximos 18 meses, 40% dos entrevistados dizem que planeiam arrendar uma casa de férias, apartamento ou aldeamento e preferem fazer a reserva “através do Booking.com ou Airbnb, o que mostra que os portugueses continuam a privilegiar o arrendamento no momento de reservar alojamento”, pode ler-se no documento.
A grande maioria dos inquiridos (77%) já assegurou local de estadia e refere a tranquilidade, o conforto, a privacidade e o contacto com a natureza como as razões para preferir fazer férias numa casa arrendada.
No que aos seguros de viagem diz respeito, 58% dos entrevistados afirmam nunca ter contratado um seguro de viagem ao reservar as suas férias.
No entanto, 66% admitem ser “provável” ou “muito provável” adquirir um seguro para a próxima viagem, “o que mostra uma maior preocupação por parte dos portugueses na contratação de seguros de viagem devido à pandemia, uma tendência que vai ao encontro dos restantes países participantes no estudo”, indica o trabalho.
As coberturas privilegiadas pelos entrevistados para garantir a reserva de um arrendamento para férias são “o reembolso de dias não utilizados em caso de interrupção da estadia, por exemplo, devido à contaminação por Covid-19, o cancelamento em caso de infeção por Covid-19 ou por motivo de quarentena e a assistência médica”.
No estudo, 48% dos inquiridos admitem continuar a arrendar casa, apartamento ou aldeamento para férias após a pandemia e nomeiam a disponibilidade de uma vacina comprovadamente eficaz na prevenção contra o vírus, a redução da propagação da Covid-19 em Portugal e a redução da propagação mundial do vírus como os fatores que mais vão pesar na decisão de fazer uma viagem nos próximos 18 meses.
“A distância social, acompanhantes (família, amigos ou individualmente) e locais com elevados protocolos de limpeza são os critérios mais importantes para os portugueses quando selecionam um destino de férias”, lê-se no documento.
Em relação à questão sobre o que fariam se a vacinação contra a Covid-19 se tornasse obrigatória para poder viajar de avião, 72% refere não ter qualquer impacto, uma vez que planeiam tomar a vacina.
Para o estudo “Vacation Rental Survey” foram entrevistados cerca de 8.770 viajantes de oito países (França, Portugal, Alemanha, Bélgica, Espanha, Itália e Reino Unido e Estados Unidos) entre 28 de fevereiro e 01 de abril de 2021.