Portugal apresentou-se hoje na Feira Internacional de Turismo de Madrid (Fitur), uma das maiores do setor, como "o melhor destino do mundo", disse o ministro da Economia na sessão de abertura do certame inaugurada pelos reis de Espanha.
"Estamos nesta feira com a maior delegação de sempre e com empresas de todo o tipo", sublinhou Manuel Caldeira Cabral, assegurando que o turismo português "quer crescer ainda mais", depois do setor ter tido uma progressão de 17% em 2017.
As sete regiões de turismo portuguesas estão na sessão deste ano da Fitur acompanhadas por 76 empresas nacionais (61 em 2017) e cinco ‘startups’ (empresas em início de atividade, quatro em 2017).
"Queremos crescer mais em qualidade do que em quantidade: um crescimento espalhado por todo o território e ao longo de todo o ano", precisou Caldeira Cabral, acrescentando que o setor representa quase 18% das exportações do país e quase um terço do novo emprego criado.
Portugal foi em 2017 considerado o ‘Melhor Destino do Mundo’, distinção atribuída pelos World Travel Awards, tendo as suas várias regiões também recebido outros prémios: ‘Melhor Destino City-Break do Mundo’ (Lisboa), ‘Melhor Destino Insular do Mundo’ (Madeira) e ‘Melhor Praia da Europa’ (Algarve).
A Fitur 2018 tem um total de 816 expositores titulares (mais 8% do que no ano anterior) e mais de 10.000 empresas em representação de 165 países, que vão ocupar uma área de exposição de 65.500 metros quadrados (mais 4%), para responder ao bom momento do setor turístico em todo o mundo.
O ministro da Economia realçou que em 2017 houve um crescimento de 30% nas ações de promoção do turismo português em Espanha e que em 2018 o país "está a apostar ainda com mais força".
Caldeira Cabral defendeu também que Portugal e Espanha devem colaborar na oferta conjunta dos dois destinos turísticos junto de mercados mais longínquos, como o norte-americano e o asiático.
O responsável governamental esteve reunido com o ministro do Turismo de Marrocos e tinha previsto um encontro ainda hoje com a ministra do Turismo de Angola.
"Vários países querem colaborar com Portugal na área da formação", disse Manuel Caldeira Cabral, manifestando a disponibilidade de Lisboa para apoiar o desenvolvimento de um turismo de qualidade nesses estados.
São Tomé e Príncipe é um dos novos quatro países que este ano participam na feira pela primeira vez.
As regiões com maior aumento de participação na feira são, de acordo com os dados fornecidos pelos organizadores do certame, África (mais 21%), Ásia e Pacífico (19%) e Europa (15%).
A 38.ª edição da Fitur deverá ter um impacto financeiro de 260 milhões de euros para a economia de Madrid até o seu encerramento no domingo, com os hotéis esgotados e uma forte atividade em todos os setores relacionados com o turismo.
Espanha é um mercado considerado "estratégico" para Portugal, que até outubro de 2017 recebeu cerca de 1,5 milhões de hóspedes daquele país, um crescimento de 2,4% relativamente ao período homólogo de 2016, e um aumento de 20,7% nas receitas, segundo dados do Turismo de Portugal.
LUSA