"Só este ano, até maio, já transportámos para o Funchal mais de 290 mil passageiros provenientes de todas as rotas internacionais em que a TAP opera”, disse a mesma fonte, acrescentando que este número “significa um acréscimo de 18%" face ao mesmo período do ano passado".
Fonte da TAP disse ainda à agência Lusa destacou o aumento do número de passageiros provenientes da Europa (+41%) e dos Estados Unidos (+15%), lembrando que a TAP “voa para a Madeira há mais de meio século”, efetuando 70 voos semanais para o Aeroporto da Madeira – Cristiano Ronaldo e seis para a ilha do Porto Santo.
“O Programa ‘Stopover’, que no ano passado foi estendido à ilha da Madeira, também deu um forte contributo para este crescimento, incentivando os turistas a conhecer dois destinos portugueses na mesma viagem”, concluiu.
A TAP tem sido duramente criticada pelos passageiros e pelas autoridades da Madeira devido aos frequentes cancelamentos de voos para as ilhas devido a “razões operacionais”
Em 03 de julho, o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, anunciou que a região estava a ponderar recorrer a mecanismos judiciais para exigir indemnizações da TAP pelos prejuízos que tem provocado a este arquipélago.
O governante madeirense e o seu vice-presidente, Pedro Calado, já criticaram várias vezes a forma como os madeirenses têm sido “abandonados” nos aeroportos devido a esta situação e censuraram os prejuízos que esta situação tem provocado no principal setor económico da Madeira, o turismo.
Em causa estão os cerca de 70 cancelamentos de voos da TAP para a Madeira desde o início do ano, o que, de acordo com o chefe do executivo insular afetou aproximadamente 10 mil passageiros.
“Temos assistidos nos últimos meses ao que é uma vergonha, que é a forma como a TAP tem tratado os madeirenses e prejudicado a nossa economia”, declarou Miguel Albuquerque
Miguel Albuquerque classificou esta situação de “inadmissível”, salientando que além dos cancelamentos de voos também se verificam “inúmeros atrasos”.
No entender do governante regional, “isto acontece devido à “incompetência executiva e negligência” da transportadora, que opta por cancelar os voos para a Madeira devido à falta de porque “são os que têm menos custos para a companhia em vez de cancelar para o continente europeu”.
O Governo Regional da Madeira já alertou o Presidente da República, o primeiro-ministro e o ministro da tutela, opinando que “não querem saber da Madeira”.
“A TAP, por estas práticas que são abusivas, continua obviamente para a degradação do destino Madeira enquanto produto de excelência”, concluiu justificando a decisão de recorrer a mecanismos legais para resolver a situação.
Entretanto, também em 03 de julho, a TAP informou que havia vários “constrangimentos na origem das irregularidades na sua operação” na Madeira, sublinhando, entre eles, os “fatores meteorológicos têm sido piores este ano”.
LUSA