As insolvências em Portugal aumentaram 2,2%, até ao final de novembro, face a igual período do ano passado.
Já a criação de novas empresas desceu 24,6%, segundo dados da Iberinform, filial da Crédito y Caución.
Por distrito, Lisboa com menos 948 (mais 2%) e Porto com 1.206 (mais 8,5%) são os que apresentam o maior número de insolvências.
Os maiores aumentos verificam-se nos distritos de Castelo Branco (32,1%), Vila Real (28,2%), Viana do Castelo (23,6%), Faro (22%), Madeira (20%), Évora (13,2%) e Bragança (12,1%).
No total dos primeiros onze meses do ano, registaram-se 4.695 insolvências, mais 2,2% face ao período homólogo, um valor, no entanto, inferior aos números apurados em 2018 (5.398) e em 2017 (5.787).
Só em novembro, contabilizaram-se 506 empresas insolventes, menos sete do que no mesmo período de 2019.
No sentido inverso, os distritos que apresentaram decréscimos, face ao ano anterior, foram Coimbra (-28,8%), Guarda (-20,5%), Portalegre (-16,7%), Aveiro (-10,5%), Ponta Delgada (-8,3%), Viseu (-8,3%), Braga (-3%) e Santarém (-2,2%).
Por setor, os que registaram um maior crescimento do número de insolvências até novembro foi o das telecomunicações (33,3%), hotelaria e restauração (18,8%), eletricidade, gás e água (8,3%) e outros serviços (7,4%).
Construção e obras públicas (2,9%) , indústria transformadora (2,5% e comércio a retalho (0,9%) apresentam, por seu turno, descidas.
Já as constituições retrocederam de 3.607 no ano passado para 2.841 este ano, ou seja, menos 21,2%.
De janeiro a novembro, as constituições baixaram 24,6%, face ao ano anterior, para 34.629 empresas.
Lisboa apresenta o maior número de constituições com 10.945 empresas, seguido pelo distrito do Porto com 6.156.
"No entanto, ambos os distritos, apresentam um decréscimo acentuado face a igual período de 2019: -29,6% em Lisboa e -26,2% no Porto", revelou.
Os restantes distritos, com exceção de Portalegre, apresentaram uma variação negativa em termos de constituições, destacando-se Setúbal (-31,5%), Ponta Delgada (-30,7%), Angra do Heroísmo (-28,2%), Faro (-26,1%), Madeira (-25%), Aveiro (-22%), Leiria (-20,6%) e Viana do Castelo (-20,4%).
Em termos de atividades, todas apresentaram variações negativas, face a 2019, com destaque para os transportes (-54,7%), hotelaria/restauração (-29%), eletricidade, gás, água (-27%), construções e obras públicas (-23,6%), outros serviços (-22,8%), comércio de veículos (-21,1%) e indústria extrativa (-20%).