No ano passado o número de dormidas no alojamento turístico coletivo aproximou-se dos 8,0 milhões (+12,7% que em 2015), revela hoje a Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM). “Os residentes em Portugal contribuíram com cerca de 916,2 mil dormidas, o que se traduziu num acréscimo homólogo de 20,2%, enquanto os estrangeiros não residentes originaram cerca de 7,1 milhões de dormidas, correspondendo a um aumento de 11,8% nesta variável.”
Foi na hotelaria tradicional onde se verificou os maiores aumentos, “com variações homólogas de +10,7% nas dormidas, +16,7% nos proveitos totais e +17,7% nos proveitos de aposento.”
O Reino Unido foi o principal mercado em termos de dormidas (quota de 26,4% do total), seguido da Alemanha (quota de 24,6% do total). Os mercados britânico e germânico cresceram 15,6% e 12,2%, respetivamente. Já os turistas com residência em território nacional produziram cerca de 807,8 mil dormidas (11,0% do total), apresentando uma variação homóloga positiva de 17,9%. O mercado português foi o terceiro mais importante, atrás do britânico e alemão.
A taxa de ocupação-cama anual rondou os 69,2%, +4,9 p.p. do que em 2015 e a estada média nos estabelecimentos hoteleiros da RAM foi de 5,4 noites, ligeiramente inferior em relação ao ano anterior (5,5 noites).
A DREM revela ainda que a “média anual de 2016 do rendimento por quarto (RevPAR) foi de 47,53€ (+15,1% face a 2015).”
Relativamente aos estabelecimentos de turismo no espaço rural, verificaram-se subidas nos principais indicadores, com variações homólogas de +21,9% nas dormidas, +28,4% nos proveitos totais e +25,9% nos proveitos de aposento.
O crescimento também foi sentido no alojamento local que registou 93 067 hóspedes que deram origem a 480 161 dormidas, traduzindo um crescimento de 53,3% face a 2015.
Os dados da Direção Regional de Estatística revelam ainda dados de um inquérito aos campos de golfe "que dá conta da realização de cerca de 60 476 voltas nos três campos de golfe da RAM em 2016 (+33,5% que em 2015), o que gerou receitas de 2,3 milhões de euros (+4,7% que no ano precedente). 72,5% dessas voltas foram realizadas por não sócios, provenientes na sua maioria dos Países Nórdicos, Reino Unido, Alemanha e Portugal. 58,5% das voltas foram vendidas por estabelecimentos hoteleiros e afins, 23,2% por operadores turísticos e os restantes 18,3% pelos próprios campos de golfe. Comparativamente a 2015, a venda de voltas pelos próprios campos de golfe desceu, compensada pelo aumento de importância dos outros canais.”
Quanto ao movimento de passageiros em navios de cruzeiro, e de acordo com os dados da Administração de Portos da Madeira, foram contabilizados, no ano passado, “519 700 passageiros em trânsito em navios de cruzeiro nos portos da RAM, -9,9% do que em 2015. O número de escalas diminuiu 4,8% (menos 15 navios que em 2015).”