O Governo da Madeira anunciou hoje, no Funchal, que pretende ampliar a área de cultivo de maracujá em quatro hectares por ano até 2021, com vista a triplicar a produção e aumentar em 20% o rendimento dos agricultores.
"São objetivos difíceis, mas possíveis", disse o secretário regional da Agricultura e Pescas, Humberto Vasconcelos, durante a apresentação pública do Plano Estratégico do Maracujá, um produto que o executivo madeirense quer colocar ao mesmo nível da banana e da anona.
O arquipélago produz, atualmente, 140 toneladas de maracujá por ano, numa área de 23 hectares espalhados por todos os concelhos, mas com destaque para Santana (zona norte da Madeira) e Calheta (zona oeste).
O rendimento do agricultor é de 49 mil euros por hectare/ano, mas o plano estratégico aponta para um aumento de 20% nos próximos cinco anos, do mesmo modo que prevê duplicar o volume de exportação, passando para 14 toneladas.
"É preciso realçar que os terrenos da Madeira são propícios a esta cultura, que se desenvolve muito bem nas encostas", disse Humberto Vasconcelos, lembrando, por outro lado, que vai ser criado um banco de terras, ao qual poderão recorrer os privados que queiram investir na agricultura.
O governante sublinhou que o maracujá, apesar de sensível a doenças, é uma cultura que gera rendimento logo no primeiro ano e permite várias colheitas, embora o pico ocorra nos meses de verão.
Humberto Vasconcelos vincou ainda que os agricultores podem contar com financiamento comunitário até 75% a fundo perdido para os seus projetos, com o apoio dos técnicos do governo e com as plantas criadas em viveiro, onde se destacam três grandes variedades.
O maracujá é um fruto com grande procura no mercado internacional, sendo o Brasil o maior produtor (70% da quota total).