Este projeto de candidatura foi conduzido pelo Governo Regional da Madeira, é coordenado pela ASTECH (empresa na área da mobilidade) e está integrado na área do turismo, digitalização e mobilidade inteligente integrado nas agendas mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)
A informação hoje disponibilizada salienta que “a maior fatia deste investimento (75%) está associada a entidades localizadas na Região Autónoma da Madeira”.
O Madeira+ (Madeira Avançada, Inteligente e Sustentável) foi um dos 140 projetos apresentados nesta área do PRR, numa altura em que o principal setor económico da região e do país, o turismo (que representou em 2019 cerca de 16% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional), evidencia “sinais positivos” de recuperação.
O turismo foi uma das atividades mais afetadas pela pandemia da covid-19, apontando as estimativas para uma perda de 600 mil postos de trabalho.
Os promotores deste projeto defendem que o setor precisa de “ajustar as prioridades para uma recuperação mais acelerada e sustentável”, aumentando as empresas a sua competitividade através da aposta na digitalização e sustentabilidade.
Também sustenta que estas devem reconhecer que “existe um novo patamar competitivo onde surgirão novos vencedores e onde a transição digital e climática fará a diferença”
No documento, explicam que o projeto Madeira+ visa desenvolver um conceito de ‘turista digital’, com a criação de uma plataforma de gestão inteligente.
Nesta ferramenta é possível aceder a uma oferta integrada de serviços de turismo, desde a mobilidade, hotelaria, restauração e programas de lazer.
Ainda integra interfaces e os meios de mobilidade (bicicletas e veículos elétricos) especialmente desenvolvidos para ambiente turístico e a sua articulação com os transportes públicos de baixas emissões de dióxido de carbono (CO2).
Os 10 parceiros do projeto são a Horários do Funchal, duas empresas da área da mobilidade (ASTECH e LightMobie), o grupo hoteleiro (Hotel Savoy), as empresas tecnológica Axians Digital Consulting e EMACOM (operadora de postos de carregamentos para veículos elétricos (detida a 100% pela Empresa de Eletricidade da Madeira), a Agência Regional de Energia e Ambiente (AREAM) e quatro entidades, nomeadamente a Universidade do Minho, ISEP, ARDITI e UNINOVA).
A nota salienta que a concretização deste projeto será sediada na Madeira com o objetivo de “transformar o turismo na região a partir da consolidação de competências técnicas existentes e com massa crítica, necessárias ao desenvolvimento deste tipo de agendas”.
Ainda vai permitir projetar a Madeira como “laboratório de teste e montra de promoção de projetos de caráter tecnológico aplicados ao turismo digital e sustentável, extrapoláveis para a realidade nacional, tirando partido de um fluxo turístico praticamente uniforme ao longo do ano”, enfatiza.
“Esta será, sem qualquer dúvida, uma agenda que contribui para uma transformação digital e energética da economia portuguesa, contribuindo de forma clara para os desafios do turismo e da descarbonização que Portugal enfrenta no futuro”, conclui a informação disponibilizada sobre o Madeira+