“Vamos apresentar propostas de tudo aquilo que corresponde às aspirações da Madeira e aquilo que é justo para a Madeira”, disse Miguel Albuquerque no âmbito de uma visita que efetuou hoje às obras de requalificação da Escola Básica e Secundária de Santa Cruz, o concelho vizinho a este do Funchal.
O governante madeirense apontou que o objetivo é “tentar repor o financiamento do hospital, que foi uma quebra da palavra do senhor primeiro-ministro”.
O primeiro-ministro assumiu publicamente o compromisso de uma comparticipação de metade dos cursos da obra de construção e equipamentos do novo hospital, avaliado em 340 milhões de euros.
Contudo, na resolução aprovada em Conselho de Ministros publicada no Diário da República, surge apenas 96 milhões de euros, distribuídos por seis anos, entrando na equação o valor devoluto dos atuais hospitais Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, e dos Marmeleiros, situado na freguesia do Monte.
Esta última unidade nem é património da Madeira, sendo propriedade da Santa Casa da Misericórdia.
“Vamos fazer com que estas propostas de alteração orçamental venham retificar as injustiças relativas à Região Autónoma da Madeira”, sustentou o chefe do executivo insular.
A questão do subsídio de mobilidade, a “história” dos juros do empréstimo concedido à Madeira no decorrer o programa de ajustamento económico e financeiro, “ que está para resolver desde 2013”, a situação dos cuidados de saúde prestados pelo Serviço de Saúde da Madeira (SESARAM) aos funcionários do Estado na região “ainda não pagos”, o financiamento da mobilidade aérea e marítima, foram aspetos que, enunciou, vão integrar o conjunto de propostas que a região vai apresentar em sede de OE2019.
Miguel Albuquerque ainda apontou que o grupo parlamentar do PSD vai lutar pela “reposição que está na Constituição e Estatuto para recuperar o IRS indevidamente cobrado por Lisboa”.
Questionado sobre a cor da gravata que hoje usou para ir à escola de Santa Cruz, um concelho governando pelo JPP, um partido cujo símbolo é verde, respondeu ser a cor da “esperança”.
As obras hoje visitadas passaram pela construção de um auditório que era “uma aspiração” daquela escola porque tem “um conjunto de atividade formativas nas áreas da música, dança, preparação para o turismo” e “precisava deste espaço coberto para ser usado polivalente.
Uma acessibilidade coberta e uma sala para alguns alunos do ensino especial também constam do projeto.
LUSA