De acordo com o inquérito flash “Encerramentos na Hotelaria 2020/2021”, cujos resultados foram apresentados pela presidente executiva da Associação de Hotelaria de Portugal, Cristina Siza Vieira, 45% dos inquiridos preveem encerrar até ao final do ano, sendo que o Algarve, Lisboa e Madeira são as regiões mais afetadas e onde se perspetiva que os encerramentos sejam superiores a 50%.
A região do Algarve é a que mais se destaca com 65% dos seus estabelecimentos a admitirem fechar até final de dezembro. Em Lisboa, alguns admitem abrir pontualmente.
Dos que preveem encerrar até ao final do ano, a região do Algarve destaca-se, com 65% dos estabelecimentos a admitirem fechar até final de dezembro, sendo que desses 70% já se encontravam encerrados em novembro.
Segue-se a Região Autónoma da Madeira, com 57% dos inquiridos a prever encerrar até ao final do ano, sendo que todos esses já se encontravam fechados em novembro.
Em Lisboa, 46% respondeu que estão encerrados até ao final do ano, sendo que 93% não abriram no mês de novembro.
Quanto ao período de encerramento, o valor médio é de 4,1 meses, de novembro em diante.
Quanto aos estabelecimentos que se mantêm abertos, estima-se uma redução de 72% da oferta de unidades de alojamento, ou seja, não estarão a funcionar em plena capacidade.
Quando questionados sobre se ponderam adotar uma utilização intermitente do seu estabelecimento – abrir, por exemplo, aos fins de semana ou para eventos – 40% respondeu estar disposto a abrir pontualmente.
Relativamente às estimativas de perdas na hotelaria para o ano de 2020, a AHP mantém as previsões que já tinha apresentado: perda de 80% de dormidas, o que significa 46,4 milhões de dormidas perdidas e uma queda de 80% nas receitas, um total de 3,6 mil milhões de receitas perdidas na hotelaria.