O Pestana Hotel Group vai investir cerca de 200 milhões de euros nos próximos três anos na abertura de 20 novos hotéis, com metade deste valor a ficar em Portugal.
Num encontro com os jornalistas, o administrador responsável pelo desenvolvimento do grupo disse hoje que este plano implica a criação de "3.000 novos quartos nos próximos três anos a cinco anos".
A aposta do grupo no estrangeiro centrar-se-á, essencialmente, na Europa e Estados Unidos da América. As prioridades são a "afirmação europeia como cadeia internacional" e "perseguir o sonho americano", acrescentou José Roquette.
Em Portugal, o grupo está focado, essencialmente, no Algarve, Porto e Tróia, admitindo que gostaria de reforçar a presença em Lisboa, mas que – à semelhança do que se têm ‘queixado’ outros grupos hoteleiros – o imobiliário está muito caro.
José Roquette destacou a estratégia do grupo, com quase meio século, hoje apresentada como "o plano de expansão mais ambicioso de sempre", mantendo sempre o mesmo foco: diversificação, quer de mercados, de marcas, de controlo de propriedade ou gestão, entre outros.
Metade do investimento previsto até 2019, ou seja, cerca de 100 milhões, será feito em Portugal, apesar de a este valor corresponderem cerca de 1.700 quartos dos 3.000 totais do plano de expansão para os próximos três anos.
Isto explica-se porque o grupo "não quer descurar Portugal, quando o país está a crescer tanto" e porque se acredita que este ‘boom’ do Turismo é uma tendência "que se vai manter, é sólida e sustentada". Além disso, segundo o administrador, "é muito mais fácil e barato investir em Portugal", apesar de na conjuntura atual a rentabilidade até ser "mais alta".
Em 2018, o Pestana Group Hotel prevê abrir, nomeadamente, o Pestana A Brasileira no Porto, com 89 quartos, a última fase da expansão do Pestana Tróia Eco Village, em Tróia, o Pestana Amoreira, em Alvor (Algarve), com 550 quartos, bem como o Pestana Plaza Mayor, em Madrid.
Já no início do ano, em 15 de janeiro, o grupo inaugurou o Pestana Amsterdam Riverside Hotel & National Monument, uma unidade de cinco estrelas, num investimento de 40 milhões de euros.
Afastados para já, estão projetos de expansão para o mercado brasileiro – apesar de se quererem manter – e para o mercado asiático, como chegou a ser noticiado, com José Roquette a dizer que se mantêm numa estratégia de "só mesmo olhar".
"Para abrir uma frente asiática é preciso criar um projeto com escala, uma equipa própria. É muito difícil. Talvez noutra geração que não a minha", brincou José Roquette.
LUSA