Num comunicado em que faz um balanço da adesão à greve, que se iniciou às 00:00 de hoje e se prolonga até às 24:00 de domingo, a Groundforce lamenta o transtorno causado pela greve que acontece num dos momentos de “maior atividade” nos aeroportos portugueses, depois de vários meses de limitações impostas pela pandemia e mostra-se disponível para dialogar.
“A Groundforce mantém aberto o espaço de diálogo com os representantes dos trabalhadores, reforçando o apelo para o cancelamento das várias greves agendadas”, refere a empresa de ‘handling’ (assistência nos aeroportos).
No balanço que faz sobre a adesão à greve nesta primeiras horas, a empresa de ‘handling’ detalha que, entre as 00:00 e as 10:30, foram cancelados 100 voos no aeroporto de Lisboa, em resultado de uma adesão de 81,8%, com apenas 73 trabalhadores a apresentarem-se ao serviço dos 400 escalados na última rotação de turnos.
Segundo a informação veiculada pela Groundforce, no Porto, onde a adesão regista 42,1% houve até agora um voo cancelado.
No Funchal, a adesão à greve de 25,7% dos trabalhadores levou ao cancelamento de um voo com impacto nas ligações, enquanto em Faro, onde a adesão foi de 9,5%, realizaram-se até agora todos os voos previstos.
No aeroporto de Porto santo, não há registo de adesão a esta paralisação, adianta ainda a empresa.
Pelas 10:00, a ANA – Aeroportos de Portugal deu conta de que, no aeroporto de Lisboa tinham sido cancelados “40 chegadas e 53 partidas, adiantando que as companhias que operam com outras empresas de assistência que não a Groundforce, assim como as que operam no Terminal 2 do aeroporto de Lisboa mantinham a operação.
Em comunicado, a TAP avisou que a sua operação está a registar “significativos constrangimentos devido à greve da Groundforce, iniciada às 00:00 de hoje, alerta que a situação deverá manter-se no domingo e pede aos clientes para verificarem online o estado do seu voo.
Hoje é o primeiro dia da greve convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), como protesto pela “situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias”, nomeadamente o subsídio de férias.
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos, André Teives, disse hoje à Lusa que a adesão à greve dos trabalhadores da Groundforce ronda os 100% no aeroporto de Lisboa, estado apenas a funcionar os serviços mínimos.
A paralisação vai prolongar-se pelos dias 18 e 31 de julho, 01 e 02 de agosto.
A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.