“Não está [hoje] a ser discutida em Conselho de Ministros”, começou por dizer Pedro Siza Vieira, em conferência de imprensa sobre a reunião do executivo, em Lisboa, quando questionado sobre uma data concreta para que os empresários da diversão itinerante possam retomar a sua atividade.
O ministro salientou que o Governo está “muito consciente da preocupação dos empresários” de equipamentos de diversões itinerantes, salientando que o seu ministério tem mantido um contacto “muito direto” com os representantes do setor.
Desta forma, e frisando que as medidas de desconfinamento ou restrição estão a ser decididas de 15 em 15 dias, tendo em conta os casos de covid-19 em cada concelho, Pedro Siza Vieira frisou ter esta “situação presente”: “Vamos ver o que na próxima semana vamos poder decidir”, sublinhou.
O ministro da Economia e da Transição Digital lembrou ainda que, no ano passado, foram estabelecidos “protocolos sanitários” que permitiam o funcionamento deste tipo de diversões mediante cumprimento de regras.
Os empresários do setor da diversão itinerante encontram-se desde quarta-feira a manifestar-se em Lisboa, tendo hoje ameaçado manifestar-se junto à Cimeira Social da União Europeia, a decorrer no Porto na sexta e no sábado, caso o Governo não permita a retoma da atividade em breve.
“Durante este fim de semana, muito provavelmente vamos para o Porto, onde vai ocorrer a cimeira europeia. Na quinta-feira [13 de maio], estaremos aqui no Conselho de Ministros. Vamos lutar com o que for preciso”, afirmou o presidente da Associação dos Profissionais Itinerantes Certificados (APIC).
Luís Paulo Fernandes falava durante a concentração que juntou dezenas de empresários junto ao Centro Cultural de Belém, onde decorre a reunião semanal do Conselho de Ministros, para reivindicarem a retoma da atividade, interrompida no âmbito da pandemia da covid-19.
De acordo com Luís Fernandes, os empresários esperam que o Governo seja célere na decisão para que possam retomar a atividade de hoje a 15 dias, como previsto.
“Nós temos autorização para funcionar na cidade do Porto em três microparques, a partir do dia 20 [de maio]. Toda a logística está a atrasada. Em Matosinhos, também podemos abrir a partir do dia 28 [de maio]. Penso que não vai haver um braço de ferro entre o Governo e os governos locais. [O Governo] terá que declarar que nós, daqui 15 dias, podemos reabrir a atividade […]”, observou.
Os empresários vão também fazer uma vigília junto à Presidência da República.