O executivo madeirense argumenta que o "aumento de 36%" pedido pela Savoy Investimentos Turísticos, S.A., não colide com o Programa de Ordenamento Turístico da região nem tão pouco com o Plano de Urbanização do Infante (PUI), local de integração do hotel.
Nas alegações apresentadas para uma obra que tem merecido diversas críticas pela volumetria do edifício e do seu impacto na paisagem da cidade, o executivo observa que "os empreendimentos turísticos em espaço urbano devem cumprir requisitos arquitetónicos, paisagísticos e ambientais, em especial no que concerne à volumetria dos edifícios que deve integrar-se na volumetria dominante da área em que se localizam".
Além da justificação prévia, o executivo considerou também que o edifício em causa não constitui "elemento dissonante e/ou destacado", pois está abrangido pelo PUI, plano esse definido pela Câmara Municipal do Funchal e, como tal, decidiu na reunião de 04 de outubro do Conselho de Governo, e não publicitada, "viabilizar a alteração da capacidade de alojamento do empreendimento turístico".
Este empreendimento tem, neste momento, um embargo parcial feito pela própria Câmara do Funchal devido a alterações desconformes com o projeto aprovado, num embargo feito em 18 de agosto de 2017, isto apesar de a resolução relembrar que o "projeto, foi deferido pela Câmara Municipal do Funchal em reunião de 12 de fevereiro de 2009".
Herdeiro do clássico ‘Savoy Hotel’, construído em 1912, mas demolido em 2009 com vista a uma nova unidade do grupo SIET, então propriedade de Horácio Roque e Joe Berardo, o novo Savoy, agora propriedade da AFA – Avelino Farinha Agrela, tem merecido várias críticas entre as quais da Ordem dos Arquitetos devido à sua volumetria: 16 andares e 500 quartos com capacidade para 1.128 camas, num investimento superior a 99,3 milhões de euros.
O "Savoy Palace" (5 estrelas) deverá abrir no verão de 2018.
LUSA