Segundo o mais recente relatório da emigração, com dados até 2021, nesse ano a África do Sul foi o 11.º país com maior volume de remessas de emigrantes para Portugal, no valor de 31,77 milhões de euros, e o 9.º país onde foi arrecadada mais receita consular.
No plano económico, as trocas com a África do Sul têm um peso relativo reduzido no comércio externo português.
Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), citados pela Agência para o Investimento e o Comércio Externo de Portugal (AICEP), indicam que a África do Sul foi o 33.º cliente das exportações portuguesas de bens em 2021, com uma quota de 0,3%, e o 40.º fornecedor de Portugal, com 0,2% de quota.
Em 2021 e 2022, a balança comercial de bens foi favorável a Portugal, com um excedente de cerca de 54 milhões de euros no ano passado.
Desde 2018, as exportações têm vindo a aumentar progressivamente — com exceção de 2020, ano em que surgiu a pandemia de covid-19, em que tiveram uma quebra. Em 2022, ultrapassaram os 285 milhões de euros, mais 30% do que no ano anterior.
As importações da África do Sul oscilaram mais. Depois de subidas e descidas, no ano passado recuperaram para perto de 232 milhões de euros, um valor próximo do registado em 2018 e que representou um aumento de 38% face a 2021.
Os produtos mais exportados foram veículos automóveis, enquanto as principais mercadorias importadas foram citrinos, frescos ou secos.
Nos últimos anos, as inscrições consulares de portugueses na África do Sul têm sido em redor de cem mil, de acordo com o Observatório da Emigração. Quanto ao número total de população portuguesa residente neste país, há estimativas díspares, que variam entre 200 mil e 450 mil, incluindo lusodescendentes.
Grande parte desta população emigrante tem origem madeirense. Muitos portugueses foram das antigas colónias de Angola e Moçambique para a África do Sul.