Segundo os dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, no final do 1.º trimestre de 2021, o saldo do volume de empréstimos concedidos a sociedades não financeiras (SNF) era de 1 962,5 milhões de euros, mais 23,7 milhões de euros que no final de dezembro de 2020 e mais 389,2 milhões que em março de 2020.
Depois de ter atingido um mínimo da série disponível em dezembro de 2019, esta variável tem apresentado uma tendência crescente, a que não será alheia a conjuntura atual.
O rácio de crédito vencido deste tipo de sociedades diminuiu 0,1 pontos percentuais (p.p.) face ao trimestre anterior, fixando-se nos 3,5% no final do período de referência, sendo que comparativamente ao trimestre homólogo, houve uma redução de 3,1 p.p..
A nível nacional, o rácio de crédito vencido manteve-se face ao trimestre anterior e recuou 1,1 p.p. em termos homólogos, não ultrapassando os 3,3% no final do 1.º trimestre de 2021.
O montante de crédito malparado no âmbito das sociedades não financeiras com sede na Região situava-se, no período em referência, nos 68,3 milhões de euros (-2,2 milhões de euros que em dezembro passado e -36,1 milhões de euros face a março do ano anterior).
A percentagem de devedores do sector das SNF com empréstimos vencidos no final de março de 2021 era de 15,2%, sendo este indicador inferior à média nacional (16,0%). Contudo, em março de 2020, o diferencial entre a Região e o país era de 1,9 p.p (desfavorável à Região), enquanto em março deste ano fixava-se em 0,8 p.p. (mas favorável à Região).
No sector das famílias e das Instituições sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias (ISFLSF) assistiu-se a uma redução de 51,9 milhões de euros em termos homólogos no saldo dos empréstimos concedidos, cifrando-se o saldo dos empréstimos a este sector institucional, em março de 2021, nos 3 187,1 milhões de euros.
Quando comparado o saldo do final do 1.º trimestre de 2021 com o do trimestre precedente observa-se uma subida, em cerca de 25,6 milhões de euros. 67,5% daquele saldo era referente ao segmento da “habitação” e os 32,5% restantes ao “consumo e outros fins”.
Relativamente aos empréstimos vencidos no segmento da habitação, os mesmos não ultrapassavam os 16,2 milhões de euros, representando um rácio de empréstimos vencidos de 0,8%, percentagem ligeiramente acima do valor nacional (0,6%).
Entre março de 2020 e março de 2021, o rácio de empréstimos vencidos de “habitação” reduziu-se em 0,3 pontos percentuais na Região.
O número de devedores do sector institucional famílias e ISFLSF decresceu face ao trimestre anterior para os 100,0 mil, sendo que estavam contabilizados, no 1.º trimestre de 2021, cerca de 44,4 mil devedores com crédito à “habitação” e 82,6 mil com crédito para “consumo e outros fins”.