"A grande preocupação tem que ver com alguns créditos de algumas unidades hoteleiras que estão por liquidar. A operação que terminou não está paga e, portanto, há aí créditos", pelo "que há alguma preocupação se vão ser recebidos ou se não vão ser", disse Ana Jacinto.
"Depois, há uma grande preocupação do efeito contágio. E é isso a que temos que estar atentos", acrescentou a secretária-geral da AHRESP.
A associação tem estado a informar os seus associados sobre a evolução do processo Thomas Cook, operador turístico britânico que anunciou falência no início desta semana, "quase minuto a minuto".
A responsável disse que o Governo português, o Turismo de Portugal e a secretaria de Estado do Turismo “têm estado a avaliar e monitorizar a informação constantemente", acrescentando que a AHRESP está "a receber informações em contacto direto com o Turismo Portugal e com a secretaria de Estado".
A Thomas Cook anunciou falência na segunda-feira, depois de não ter conseguido encontrar, durante o fim de semana, fundos necessários para garantir a sua sobrevivência e, por isso, entrará em "liquidação imediata", de acordo com um comunicado divulgado no ‘site’ do grupo.
As autoridades terão agora que organizar um repatriamento de cerca de 600.000 turistas em todo o mundo.
O Governo português informou, na segunda-feira, através de um comunicado, que está a acompanhar os efeitos da falência da Thomas Cook nos turistas e nas empresas nacionais, com particular atenção às regiões do Algarve e da Madeira.
As entidades algarvias já afirmaram que temem que a falência da Thomas Cook deixe por pagar os serviços prestados na época alta na região, apesar dos turistas deste operador representarem apenas 0,2% dos passageiros do aeroporto de Faro.
C/ LUSA