Segundo os dados divulgados hoje pelo Departamento do Comércio, o défice de bens e serviços subiu 12,2% em relação ao ano anterior.
O número atingido é o mais alto desde que os dados governamentais começaram a ser registados, o que remonta a 1960.
As importações dos Estados Unidos atingiram 3,95 biliões de dólares contra 3,40 biliões no ano anterior.
Este aumento de volume reflete a forte procura de empresas e de consumidores norte-americanos por produtos e serviços fabricados no estrangeiro, num contexto de retoma, após dois anos marcados pela pandemia de covid-19.
A indústria automóvel, bens de grande consumo, materiais e produtos alimentares foram setores que viram as suas importações aumentar em relação a 2021.
Em dezembro, o défice comercial atingiu 67,4 mil milhões de dólares, um aumento de 10,5% em relação a novembro, mas ficou abaixo do esperado pelos economistas de Briefing.com, que antecipavam 68,5 mil milhões de dólares.
A China perdeu em 2022 o primeiro lugar como parceiro comercial dos Estados Unidos, o que acontece pela primeira vez desde 2019, um ano marcado por uma intensa guerra comercial entre os dois países.
Washington fez importações no valor de 537 mil milhões de dólares da segunda economia mundial, contra 553 mil milhões de dólares da União Europeia.