De acordo com o estudo, a projeção para o final do ano de 2023 aponta para um crescimento face a 2022 na ordem dos 2,7% na compra de produtos ‘online’, totalizando 5.530 milhões de euros.
Já as compras ‘online’ de serviços deverão crescer 6%, totalizando 5.160 milhões de euros.
No ano passado, o trabalho aponta que os portugueses gastaram mais de 5.300 milhões de euros em produtos comprados ‘online’, um recuo de 2,8% face a 2021.
No entanto, as compras em serviços cresceram 7,5%, para mais de 4.800 milhões de euros, pelo que, no total, as vendas ‘online’ em Portugal cresceram 1,9% comparativamente ao ano anterior.
Apresentado hoje durante a conferência “CTT e-Commerce Day”, o “CTT e-Commerce Report” aponta ainda que o universo de portugueses que fazem compras ‘online’ cresceu no ano passado marginalmente (1,7%) face a 2021, ultrapassando os cinco milhões de ‘e-buyers’.
Em média, 74% dos compradores ‘online’ fazem mais de uma compra ‘online’ por mês, tendo o valor de compra médio se mantido estável, em torno dos 55,61 euros, situando-se o valor médio gasto anualmente por cada ‘e-buyer’ em compras ‘online’ de produtos nos 1.073 euros.
Cerca de três em cada quatro compradores ‘online’ têm idades entre 25 e 54 anos, tendo o relatório apurado que “o crescimento do número de compradores verifica-se sobretudo nos escalões etários mais elevados”.
“A facilidade de compra mantém-se como a principal razão de adesão ao canal ‘online’ (69,5%)”, destaca o trabalho, acrescentando, contudo, que o preço mais baixo foi o fator de compra que mais cresceu entre 2022 e 2023 (61,6%, mais 5,8 pontos percentuais).
Ainda que o vestuário e calçado se mantenha como a categoria mais popular entre os ‘e-buyers’ (70,2%, menos 2,8 pontos percentuais face a 2022), as categorias que mais cresceram em termos absolutos foram os acessórios de moda (+10,6 pontos percentuais), higiene e cosmética (+7,6 pontos percentuais) e produtos e acessórios para animais (+5,8 pontos percentuais).
Relativamente ao futuro, os ‘e-buyers’ apontam para um aumento da quantidade de produtos que contam vir a comprar ‘online’, com cerca de um terço a prever gastar mais em compras ‘online’ e a vir a fazê-lo em mais categorias.
As entregas fora de casa, nomeadamente em pontos de entrega ou em ‘lockers’, tenderão a ganhar maior importância face à entrega em casa que se mantém como predominante.
Por seu lado, cerca de metade dos vendedores ‘online’ (‘e-sellers’) perspetivam incrementar as vendas no próximo ano. Ainda assim, cerca 20% aponta para uma redução nas vendas ‘online’ nos próximos 12 meses devido ao contexto económico do país.
No estudo de mercado foram realizados 500 inquéritos telefónicos a compradores ‘online’, 70 inquéritos telefónicos a retalhistas com venda ‘online’ e 13 entrevistas presenciais a retalhistas com vendas ‘online’.
Lusa