O presidente da Mesa da Secção do Comércio Lojista (MSCL) da Associação Comercial e Industrial do Funchal – Câmara de Comércio e Indústria da Madeira (ACIF-CCIM), Gonçalo Pimenta, considera "positivos" os indicadores de Natal no comércio tradicional da região.
"Há uma certa retoma e, de uma maneira geral, o comércio tradicional sente uma afluência mais sustentada", disse Gonçalo Pimenta à agência Lusa.
Depois de uma retração [entre 2012 – 2016] determinada por um Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) devido a uma dívida pública de 6,3 mil milhões de euros e à respetiva contração de um empréstimo ao Estado no valor de 1,5 mil milhões de euros que ditou uma série de medidas de austeridade, a Região Autónoma da Madeira começa a entrar, reconhece Gonçalo Pimenta, num período de maior alívio financeiro, para empresas e famílias.
"Há uma certa retoma, o pior já passou, temos de ter um discurso otimista", sustenta o presidente da MSCL, Mesa de Comércio que representa cerca de 70% das micro e pequenas e médias empresas da Madeira.
Apesar desta reversão, Gonçalo Pimenta critica a Câmara Municipal do Funchal e o Governo Regional por não criarem condições de acesso, de trânsito e de retenção das pessoas na cidade por falta de estacionamentos e por não espraiarem a animação tradicional desta época, de Natal e de Fim de Ano, que se concentra basicamente na Placa Central e na Praça do Povo, por outras artérias e lugares secundários da cidade do Funchal, com a finalidade de atrair aos mesmos potenciais consumidores.
O responsável na ACIF-CCIM pela Mesa da Secção do Comércio Lojista chama a atenção que a animação em ruas como a dos Tanoeiros, da Queimada, de Fernão de Ornelas, das Pretas e na Praça Amarela "é quase nula" devido, sustenta, à falta de articulação entre o Governo Regional [PSD] e a Câmara Municipal do Funchal [Coligação Confiança – PS, BE, PDR, JPP (que entretanto abandonou) e Nós, Cidadãos]".
"A Câmara e o Governo podiam ouvir mais as indicações, os conselhos e as sugestões da Associação Comercial e Industrial do Funchal, legítima representante dos interesses dos comerciantes", sugere Gonçalo Pimenta, no sentido de criarem "uma bandeira comercial comum para a cidade".
LUSA