A medida faz parte do plano de retoma do retalho que a APCC está a debater com outras associações do setor e que espera apresentar ao Governo e partidos políticos, documento a que a Lusa teve acesso.
A APCC sublinha que “a cultura é um dos setores mais afetados pela crise” com os cinemas a registarem perdas de 91% de março de 2020 a março de 2021, pelo que propõe “um apoio superior a 40% na renda até ao final do ano com a possibilidade destes apoios serem convertidos em benefícios fiscais”.
No documento, a associação refere que os centros comerciais têm 320 salas de cinema, fora de Lisboa e Porto que, “na maior parte dos casos, são as únicas salas de cinema nos respetivos concelhos”.
O apoio deverá abranger também os equipamentos de lazer, que foram “especialmente” afetados pela crise causada pela pandemia de covid-19, defende a APCC.
A associação sugere ainda um apoio de rendas a lojistas locais “proporcional à quebra nas vendas até ao final de 2021 para operadores, especialmente aqueles que não tenham componente ‘online’, e a pequenos operadores (com menos de três lojas), com a possibilidade destes apoios serem convertidos em benefícios fiscais”.
Para a APCC, é também importante que os lojistas dos centros comerciais sem presença ‘online’ “possam ser discriminados positivamente nos planos de marketing dos próprios centros comerciais onde se encontram através do apoio na criação e divulgação de materiais e conteúdos próprios”.
A implementação de novos métodos de pagamento, entre os quais a tecnologia ‘contactless’ e o pagamento por ‘smartphone’, a realização de campanhas conjuntas que promovam o regresso ao retalho físico e a criação de uma incubadora de retalho são outras das propostas que a associação quer ver implementadas no curto prazo.
C/Lusa