O rácio médio dos impostos na OCDE em relação ao PIB baixou 0,15 pontos percentuais em 2022, para 34,0%, numa evolução impactada pelas medidas tomadas por vários governos para mitigar os efeitos da guerra na Ucrânia.
No estudo Revenue Statistics 2023, hoje divulgado e que apresenta dados de receitas fiscais, Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) refere que houve uma diminuição homóloga desta relação em 21 dos países analisados – com a Dinamarca a registar uma quebra de 5,5 pontos percentuais, fruto da quebra das receitas do imposto sobre rendimentos.
Portugal terá sido um dos 14 países em que esta relação subiu em 2022, de acordo com as previsões da OCDE, que estima que este rácio tenha passado de 35,3% em 2021 para 36,4% no ano em análise, ou seja, mais 1,1 pontos percentuais.
Portugal afastou-se, assim, da média da OCDE em 2022, que recuou para 34,0%.
No relatório anual sobre receitas fiscais, a OCDE salientou a Coreia do Sul (2,2 p.p., para 32%), Noruega (1,9 p.p., para 44,3%), Chile (1,7 p.p., para 23,9%) e Grécia (1,6 p.p., para 41,0%), como os estados onde a carga fiscal mais aumentou.
No ano passado, os países registaram um maior peso relativo de impostos foram França (46,1%), Noruega (44,3%), Áustria (43,1%), Itália (42,9%), Bélgica (42,4%) e Dinamarca (41,9%).
Lusa