As saídas de notas do Banco de Portugal (BdP) – também designadas como ‘notas emitidas’ – são as notas entregues pelo banco central às empresas de transporte e tratamento de valores, em representação das instituições de crédito, e ao público nas tesourarias.
Já as entradas de notas no Banco de Portugal – também designadas como ‘notas retiradas de circulação’ – são as notas entregues ao BdP pelas empresas de transporte e tratamento de valores, em representação das instituições de crédito, e pelo público nas tesourarias.
Em termos acumulados, desde a introdução do euro, em 2002, o valor das notas colocadas em circulação pelo BdP – também designadas de ‘emissão líquida’ – foi em outubro negativo em 20.988 milhões de euros, enquanto o valor das moedas de euro postas a circular ascendeu a 747 milhões de euros.
Uma emissão líquida negativa de notas resulta de, em termos acumulados, o valor das notas entradas no banco central ser maior do que o valor das notas que dele saíram.
Conforme explicou à agência Lusa fonte do BdP, “em Portugal, as notas de maior valor – 50 a 500 euros – têm emissão líquida negativa, o que leva a que a emissão líquida total também seja negativa”.
“O afluxo de notas trazidas por turistas é apontado como a principal causa”, refere o Banco de Portugal, acrescentando que “este fenómeno é uma consequência natural da livre circulação de pessoas, bens e capitais na área do euro”.
As estatísticas da emissão monetária apresentam informação sobre notas e moedas associada às principais fases do ciclo de vida do numerário e são produzidas pelo Banco de Portugal exclusivamente a partir de dados residentes em sistemas de informação próprios ou partilhados pelo Eurosistema.
Para além da componente de levantamentos e depósitos (profissionais), estas estatísticas englobam a componente dos outros movimentos de tesouraria (público).
Lusa