Em comunicado, a associação ambientalista Quercus informa que o período de candidaturas à Bolsa Nacional de Espécies Florestais Autóctones começa hoje e termina a 30 de setembro e é aberto a todas as entidades que tenham responsabilidade de gestão de terrenos públicos ou comunitários (baldios), contando um uma disponibilidade inicial de 211.125 plantas de 48 espécies autóctones.
O projeto Floresta Comum que teve início em 2012 disponibilizou já mais de 647.737 plantas de 60 espécies autóctones que foram plantadas em terrenos públicos e comunitários (baldios).
Segundo a Quercus, desde a primeira fase de candidatura à Bolsa Nacional de Espécies Florestais Autóctones em 2012, tanto a solicitação, como a oferta de plantas, tem aumentado.
No ano passado, de acordo com a Quercus, foram solicitadas cerca de 387 mil plantas em 86 candidaturas.
Na nota, é referido que entre novembro de 2016 e março deste ano foram distribuídas e semeadas 201.560 plantas.
"Tem sido grande o envolvimento da Administração Local nestas ações de (re)arborização, através dos Municípios e Juntas de Freguesia, pelo que o projeto Floresta Comum passa por disponibilizar cada vez mais plantas e, no futuro, por constituir também uma bolsa de plantas para os terrenos privados", refere a Quercus.
O Floresta Comum é uma parceria entre a Quercus, o ICNF, a Associação Nacional de Municípios Portugueses, e a UTAD — Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Esta parceria surgiu com o objetivo de incentivar a criação de uma floresta autóctone com altos níveis de biodiversidade e de produção de bens e serviços de ecossistema.
O arranque desta iniciativa ocorreu no âmbito das comemorações do Centenário da República Portuguesa, em 2010, que coincidiram com o Ano Internacional da Biodiversidade.
Na altura, cerca de 80 municípios plantaram os "Bosques do Centenário" – monumentos vivos constituídos por 100 plantas (árvores/arbustos) autóctones portugueses.
A partir de 2012 as plantas passaram a ser solicitadas ao Floresta Comum, através de candidatura.
LUSA