Lionel Scaloni (selecionador da Argentina): "Estes jogadores jogam para as pessoas, para o adepto argentino. Aqui não há egos. Não há individualidades. Todos remam para o mesmo lado, para a seleção argentina, para o país. Não há maior orgulho do que jogar pelo teu país. Fomos campeões merecidamente, fizemos um jogo completíssimo.
É bom ver as pessoas felizes. Sei que é só um jogo de futebol, que é um campeonato do mundo, que não é mais do que futebol, mas para nós é algo mais. Que festejem. Que desfrutem. A vida continuará, os problemas que temos continuarão, mas estamos um pouco mais felizes. E isso é bom.
Lembro-me dos meus pais, de Chicha e Lali. Sou o que sou graças a eles. Em como estão agora, felizmente estão bem, passaram momentos difíceis, mas estão bem. Espero que tenham orgulho do filho que têm.
(Maradona) Pudemos ganhar este Mundial, que temos sonhado há muito tempo, que merecíamos. Espero que ele, lá em cima, tenha gostado (…).
(Sobre Messi) Teria de lhe guardar um lugar no próximo Mundial. São 26 (os jogadores). O que importa se ele quer continuar a jogar? Ele conquistou o direito de decidir o que fazer na sua carreira de futebolista e na seleção argentina. Não tem nenhuma dívida, e isto é se tivesse, para mim nunca teve.
É um prazer treiná-lo e aos companheiros. O que transmite aos companheiros é algo que nunca vi, nunca vi nenhuma pessoa que seja tão influente junto dos seus companheiros. Isso é maravilhoso.
(Sobre o jogo da final) Foi uma loucura, como treinador há a sensação amarga de não o ter vencido nos 90 (minutos), de não ter sorte. Fizemos um grande jogo. Não estava nos meus planos ser campeão do mundo, mas penso que somos justos vencedores. Devíamos ter vencido este jogo nos 90, depois tivemos o prolongamento, o espírito da equipa de nunca se dar por vencida, de receber essas pancadas com os golos da França, sem merecer sofrer o empate, e continuar a tentar."
Didier Deschamps (selecionador da França): "Colocámos muito coração e energia para dar a volta ao jogo. E quando se vem do nada e nos aproximamos de conseguir algo, que nos escapa, então ainda é mais difícil de digerir, mas temos de aceitar.
Ao 2-0, se levássemos o terceiro, não havia nada a fazer. Não fizemos as coisas certas durante quase uma hora, mas, depois, com muita qualidade, coragem e energia, levamo-los ao limite.
Quando não há ‘Graal’ no final, e não estivemos longe dele, isso custa.
Não tivemos toda a energia e força por diferentes razões.
(Sobre a Argentina) Um adversário que, além da qualidade, tem tudo para somar: influência, provocação, experiência. Não lhes tiro o mérito, felicito esta seleção da Argentina pelo título.
(Sobre o futuro na seleção) Mesmo que tivesse vencido, não responderia a essa pergunta hoje. Estou triste pelos jogadores e pela equipa técnica. Irei ter uma reunião com o presidente (da Federação, Noel le Grat) no início do ano, e depois saberão."