Em declarações à agência Lusa, Luciano Gonçalves frisou quais são as instituições “a quem os árbitros têm de obedecer” e concluiu que, naturalmente, aqueles que estiverem na Superliga “não estarão na FIFA e na UEFA”.
“Os árbitros portugueses estão disponíveis para arbitrar competições da Federação [Portuguesa de Futebol], das Associações distritais, da FIFA e da UEFA e nunca de qualquer outra competição que não esteja sob a égide destas instituições”, frisou o presidente da APAF.
Ainda assim, Luciano Gonçalves considera que “não será difícil” para a futura Superliga contratar árbitros, tal como fizeram os Estados Unidos, onde estão “uma série de árbitros europeus” a apitar jogos da Liga norte-americana de futebol.
“Se o quiserem fazer, não será difícil. Deixam é de pertencer aos quadros da FIFA e da UEFA”, advertiu.
No domingo, 18 de abril, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.
A competição vai ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, qualificados anualmente.
A UEFA anunciou que vai excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.
C/Lusa