O desafio, que tinha sido adiado a 03 de fevereiro, devido a falta de policiamento, foi desequilibrado com o tento solitário de ‘Pote’, aos 20 minutos, que premiou a abordagem mais eficaz e inteligente dos lisboetas, perante um adversário minhoto pouco acutilante, sobretudo no ataque.
Com este resultado, o Sporting já garantiu, pelo menos, o segundo lugar do campeonato, e a ida à pré-eliminatória da Liga dos Campeões, mas solidifica, neste acerto do calendário, a liderança da Liga, agora com 77 pontos, mais sete do que o Benfica, o mais direto perseguidor.
Com este êxito, o conjunto de Alvalade também retira ao FC Porto, atual terceiro classificado com menos 18 pontos, qualquer hipótese matemática de ainda chegar ao título nacional esta época.
Já o Famalicão, que conheceu a primeira derrota sob o comando do novo técnico Armando Evangelista, após duas vitórias e um empate, no estádio do Dragão na última jornada, mantém-se no oitavo lugar, com 35 pontos.
Para este desafio, o Sporting apresentou-se com três mudanças no ‘onze, relativamente à vitória (4-0) de sexta-feira, frente ao Gil Vicente, com as entradas de Coates, Nuno Santos e Hjulmand para os lugares de Quaresma, Esgaio e Morita, e forçou uma entrada mais musculada no desafio.
Os lisboetas, mesmo sentindo algumas dificuldades em surgir em zona de finalização, tentaram contornar essa pecha, com remates de longa distância, ainda antes do quarto de hora de jogo, quando Daniel Bragança protagonizou um forte tiro de fora área que o guarda-redes do Famalicão desviou para a barra.
Os nortenhos, sem os castigados defesas Mihaj e Francisco Moura, não conseguiam sacudir a pressão do rival, e, aos 20 minutos, acabaram mesmo por sucumbir a uma bem desenhada combinação entre Gyökeres e Trincão e finalizada com um remate astuto de Pedro Gonçalves, que acabou por não festejar o 1-0 em respeito pela sua anterior equipa.
Pensava-se que este golo inaugural de Pedro Gonçalves, o 10.º esta época na Liga para o atacante dos ‘leões’, poderia fazer o Famalicão despertar à entrada algo apática no desafio, mas continuou a ser o Sporting a ter maior iniciativa.
Diomande, aos 33 minutos, esteve perto do segundo golo no jogo, falhando por pouco um desvio a um cruzamento de Geny Catamo, num lance que acabou por ‘espevitar’ os locais para a fase final do primeiro tempo.
Chiquinho, num livre direto, que saiu por cima, pautou o melhor lance dos famalicenses, já aos 42 minutos, mas insuficiente para beliscar a vantagem mínima do Sporting ao intervalo.
No regresso do descanso, o Sporting, já com Eduardo Quaresma no lugar do amarelado Diomande, repetiu a toada mais afoita, embora sem a mesma precisão nas combinações ofensivas.
Nuno Santos, num par de remates perigoso, tentou manter a defesa contrária em alerta, mas a equipa de Alvalade, que há 17 jornadas seguidas marcava mais de dois jogos por jogo, mostrava mais sinais de querer gerir a vantagem do que se arriscar em demasia.
O Famalicão tentava explorar esses espaços, sobretudo de contra-ataque, e com Chiquinho como principal agitador, mas a equipa agora orientada por Armando Evangelista, ressentia-se, claramente, de debilidades nas combinações e na definição no último terço.
Jhonder Cádiz, aos 80 minutos, ainda tentou vincar o crescimento da equipa da casa, com um remate forte, mas de ângulo difícil, que saiu por cima da baliza da Franco Israel, acabando por manter, até ao final, a vantagem do coeso Sporting.