Ogier, que começou o dia na segunda posição, terminou com o tempo de 03:01.55,8 horas, deixando na segunda posição o estónio Ott Tänak (Hyundai i20), a 11.9 segundos, com o belga Thierry Neuville (Hyundai i20) em terceiro, mas já a 01.11,4 minutos.
O francês da Toyota, cinco vezes vencedor do Rali de Portugal, herdou o comando após a desistência do companheiro de equipa, o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris), bicampeão do mundo, logo na segunda de nove especiais deste sábado, após capotar o seu Yaris.
“Foi pena, porque a manhã tinha começado muito bem para nós. Simplesmente falhei o ponto de travagem em linha reta e saímos largo numa zona muito escorregadia. Na sequência de curvas anterior tinha havido uma ligeira confusão nas notas e eu ainda estava a pensar nisso, numa fração de segundo. Com estes carros isso não pode acontecer. Foi um erro meu,” explicou Rovanperä.
Ogier ainda perdeu o comando para Tänak, por 0,2 segundos, mas um furo sofrido em Paredes, na última especial da manhã, relegou o estónio novamente para a segunda posição.
Ao longo da tarde, Ogier, que procura um inédito sexto triunfo na prova portuguesa, foi gerindo a vantagem de 13,6 segundos nas segundas passagens por Felgueiras e Montim, para desferir novo ataque em Amarante, o maior troço da prova, com 37 quilómetros.
O piloto gaulês fez o melhor tempo nessa especial, ganhando quase cinco segundos a Tänak e mais 1,6 segundos em Paredes.
O estónio respondeu na superespecial de Lousada, recuperando esses 1,6 segundos perdidos anteriormente.
A luta pela vitória parece resumir-se a estes dois pilotos, com Ogier a procurar bater o recorde de triunfos no Rali de Portugal, que atualmente partilha com o finlandês Markku Alén.
O espanhol Dani Sordo (Hyundai i20) terminou o dia na quarta posição, depois da ingrata missão de gerir o ritmo para não ultrapassar o companheiro de equipa Thierry Neuville e, ao mesmo tempo, somar o máximo de pontos para a equipa.
Sordo está a 01.25,6 minutos da liderança e a 14,2 segundos de Neuville, com o francês Adrien Fourmaux (Ford Puma) em quinto, a 01.32,9.
Ogier soma, assim, provisoriamente a pontuação máxima prevista para sábado (18 pontos), que só será confirmada caso termine a prova no domingo.
A derradeira etapa tem uma pontuação autónoma, oferecendo sete pontos ao mais rápido.
Já Armindo Araújo (Skoda Fábia) terminou o dia como melhor português em prova, na 19.ª posição da geral provisória. Segue-se Ricardo Teodósio (Hyundai i20), em 21.º, depois dos problemas mecânicos sentidos na sexta-feira.
Paulo Neto (Skoda Fábia) fechou o dia como terceiro melhor luso mas uma aterragem mais dura no salto da superespecial de Lousada obrigou o piloto português a ser assistido pelos bombeiros no local.
Pelo caminho ficou, também, o norte-irlandês Kris Meeke (Hyundai i20), que disputa o Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), cujas contas fecharam na sexta-feira. Meeke capotou o seu Hyundai i20 em Paredes, num acidente sem consequências físicas para a tripulação mas que obrigou à interrupção do troço.
Também a classificativa de Lousada foi interrompida depois de uma aterragem violenta do espanhol Daniel Alonso (Ford Puma) ter deixado o cárter do motor partido e o carro parado no percurso.
No domingo disputa-se a terceira e última etapa da 57.ª edição do Rali de Portugal, com 62,18 quilómetros cronometrados, divididos por quatro especiais, incluindo a ‘power stage’ de Fafe.