Com uma contagem de montanha nos derradeiros quilómetros dos 163,4 da tirada, Guerreiro venceu em 3:45.01 horas e impôs-se ao italiano Davide Formolo (UAE Emirates) e ao colombiano Santiago Buitrago (Bahrain-Victorious), que terminaram com o mesmo tempo.
"Conhecíamos a subida, eu e os meus colegas passámos cá nos treinos, mas não sabíamos como iam estar as pernas depois desta etapa com vento e com tanto stress", referiu o português.
Na sua primeira presença na Arábia Saudita, Ruben Guerreiro disse que "o segredo foi esperar" numa subida em que nunca foi o primeiro a atacar e respondeu aos ataques dos adversários, antes de vencer a etapa ‘rainha’ num sprint a três.
"Foi uma etapa muito nervosa, muito rápida ou muito lenta, com muito vento. […] Estava com boas pernas, mas não podia ser o primeiro [a atacar]. Estava a ver os homens da UAE e o Buitrago, que estava com uma ‘poker face’, porque pensei que tinha ficado para trás, mas ainda foi ao sprint bonificado. No fim, foi melhor estarem os dois da UAE para trabalharem, tive de estar atento ao Santiago, porque é rápido. Mas acabei por ter boas pernas para o sprint", afirmou.
Na primeira corrida pela Movistar, para a qual se mudou esta temporada, o ciclista de Pegões Velhos, no Montijo, subiu à liderança, com oito segundos de vantagem sobre Formolo e nove sobre Buitrago.
"Não pensei na camisola verde, estava concentrado em pensar a meta. É bom termos a camisola, temos uma equipa muito boa. Falta uma etapa e já estamos focados para amanhã [sexta-feira]", referiu.
Esta foi a quarta vitória da carreira profissional de Guerreiro, depois do Nacional de 2017, da nona etapa da Volta a Itália de 2020, na qual venceu a classificação da montanha, e do Mont Ventoux Dénivelé Challenge em 2022, podendo na sexta-feira vencer a sua primeira prova por etapas.
A Volta à Arábia Saudita termina na sexta-feira, com a quinta e última etapa, uma ligação de 142,9 quilómetros entre Cidade Velha de AlUla e Maraya.
Lusa