Cristiano Ronaldo foi ontem herói e vilão no triunfo por 3-1 do Real Madrid na primeira mão da Supertaça de Espanha, em pleno Camp Nou frente ao Barcelona, com um golo soberbo e expulsão separados por dois minutos.
O português começou no banco do Real Madrid – Nélson Semedo não saiu do do Barcelona – e entrou aos 58 para o lugar de Benzema, ficando na história do jogo quando aos 80, em contra-ataque, ‘sentou’ Piqué e atirou em arco uma bola indefensável.
Este golo recolocava o Real Madrid na frente (1-2) e, volvidos apenas dois minutos, quando tentava isolar-se, caiu após contacto com Umtiti e pediu penalti, com o árbitro a mostrar-lhe amarelo pela segunda, depois da admoestação que recebeu por ter tirado a camisola nos festejos do seu tento.
Os 89.514 espetadores viram depois o português empurrar o árbitro pelas costas, gesto que, no mínimo, lhe nega a despenalização para o jogo de quarta-feira no Santiago Bernabéu, na segunda mão.
Com cerca de 10 minutos para jogar, o Barcelona fez de tudo para tentar, pelo menos, empatar, mas o contra-ataque do campeão da Europa voltou a ser letal e, aos 90, Marco Asensio, da mesma zona do golo de Ronaldo, disparou de forma violenta, sentenciando a partida e, muito provavelmente, o vencedor da competição.
As coisas não correram muito bem para o Barcelona, que ficou em desvantagem aos 50 minutos, com autogolo do central Piqué (50), que ao tentar cortar um cruzamento de Marcelo na esquerda desviou para a própria baliza.
O empate surgiu aos 77 num penalti inexistente – Luiz Suárez iludiu o árbitro, já que Navas não lhe tocou – e cobrado por Messi, que enganou o guarda-redes. Seguiram-se momentos de intenso assédio à baliza de Kaylor Navas, mas acabariam por ser os ‘merengues’ a ‘matar’ o jogo em dois contra-ataques concluídos por Ronaldo e Asensio.
O campeão de Espanha e da Europa começa melhor a época, enquanto o treinador Ernesto Valverde, que chegou esta temporada ao Barcelona, precisará de algum trabalho, até porque também perdeu Neymar para o Paris Saint-Germain, a troco dos 222 milhões de euros.
LUSA