Além do bónus e salários reclamados pelo internacional gaulês, de 26 anos, avaliados em cerca de 55 ME, o tribunal incluiu também o pagamento de férias, elevando o valor final para 61 ME, de acordo com cálculos feitos pelos advogados do avançado dos espanhóis do Real Madrid.
O tetracampeão francês defende que existiu um acordo verbal, estipulando que Mbappé sairia sem quaisquer custos, abdicando de parte dos valores devidos no final do seu contrato, para proteger a estabilidade financeira do clube, mas o extremo interpôs várias ações, com o tribunal a dar razão ao jogador dos ‘merengues’, que deixou de receber os salários e prémios referentes a abril, maio e junho de 2024.
“Mbappé cumpriu escrupulosamente as suas obrigações desportivas e contratuais durante sete anos, até ao último dia. Fez tudo o que estava ao seu alcance para evitar litígios, chegando ao ponto de retirar uma queixa de assédio num espírito de conciliação. No total, procurava o pagamento dos seus salários e bónus há mais de 18 meses”, afirmaram os seus representantes.
O tribunal impôs a execução provisória da sentença, o que significa que o emblema parisiense, no qual Mbappé alinhou durante sete temporadas, terá de pagar mesmo que recorra, o que é expectável.
O clube dos portugueses Nuno Mendes, Vitinha, João Neves e Gonçalo Ramos, que considerou o comportamento de Mbappé “desleal”, por saber a intenção do jogador de deixar o emblema após a época 2023/24, viu ainda todas as suas reivindicações, no total de 450 ME, rejeitadas pelos juízes.
O Paris Saint-Germain acusou Mbappé de incumprir um acordo assinado em agosto de 2023, que, supostamente, previa uma redução salarial caso deixasse o clube sem custos de transferência, um acordo que, segundo o clube, visava proteger a sua estabilidade financeira.
Segundo o clube, o jogador escondeu a sua decisão de não renovar o contrato durante quase 11 meses, de julho de 2022 a junho de 2023, impedindo a negociação de uma transferência, o que causou grandes prejuízos financeiros e levou os parisienses a acusá-lo de violar as obrigações contratuais e os princípios da boa-fé e da lealdade.
Lusa