Em busca da décima terceira presença consecutiva em fases finais de Campeonatos do Mundo e da Europa, em ciclo iniciado no Euro2000, a seleção portuguesa ‘fugiu’ aos ‘tubarões’ do pote 2 e vai integrar um dos três grupos com seis equipas, com cinco adversários que já defrontou em qualificações anteriores.
Com o apuramento garantido para os dois primeiros classificados de cada grupo, o nível médio deste agrupamento torna Portugal, saído do pote 1, amplamente favorito ao primeiro lugar, com a outra vaga a ser discutida por várias seleções.
Do pote 2, Portugal conseguiu escapar às ‘favas’ França e Inglaterra, com o destino a colocar no seu caminho a Bósnia-Herzegovina, uma seleção em busca da renovação geracional, com as ‘estrelas’ Edin Dzeko e Miralem Pjanic à espera de ‘herdeiros’.
Ainda assim, os bósnios, cuja última presença em grandes competições foi no Mundial2014, no Brasil, vêm de um recente sucesso, tendo garantido em setembro a subida à Liga A da próxima Liga das Nações, vencendo o Grupo B3.
Frente à Bósnia-Herzegovina, Portugal tem um ‘rasto’ de sucesso, depois de ter ultrapassado o rival em dois ‘play-offs’, nas qualificações para o Mundial2010 e Euro2012, com três vitórias e um empate em quatro jogos.
A Islândia, vinda do pote 3, também não foge ao perfil já ‘desenhado’ aos bósnios, carecendo de substitutos para os ‘heróis’ que levaram a seleção ao Euro2016 — em que empatou com Portugal na fase de grupos (1-1) — e ao Mundial2018, antes de um ‘apagão’ nos anos mais recentes.
No histórico de confrontos, Portugal soma duas vitórias e um empate com a equipa islandesa, que tem nos médios Helgason e Bjarnason e no avançado Finnbogason os seus principais elementos.
O Luxemburgo, oriundo do pote 4, é uma ‘cara’ mais conhecida dos portugueses e defrontará Portugal pela sétima vez em fases de qualificação, a terceira consecutiva e a mais recente na rota para o Mundial2022, a disputar de 20 de novembro a 18 de dezembro no Qatar, com vitórias da equipa das ‘quinas’ por 3-1 e 5-0.
Os médios Sébastien e Vincent Thill e os avançados Yvandro Borges Sanches e Gerson Rodrigues são algumas das figuras dos luxemburgueses, que nos 19 encontros anteriores com Portugal somaram 17 derrotas, um empate e uma vitória, datada de 1961 (4-2).
A Eslováquia era, teoricamente, a equipa mais forte no pote 5, tendo estado presente nas fases finais do Euro2016, eliminada nos ‘oitavos’, e do Euro2020, disputado em 2021, em que caiu na fase de grupos, ainda que na atual edição da Liga dos Nações se tenha ficado pelo terceiro lugar do Grupo C3.
O defesa Milan Skriniar e o médio Stanislav Lobotka, que alinham, respetivamente, no Inter Milão e no Nápoles, da Serie A italiana, são as grandes ‘estrelas’ dos eslovacos, com quem Portugal leva três vitórias e um empate no confronto direto.
Para o Liechtenstein, sem qualquer histórico de presenças em fases finais, fica reservado o papel de rival mais acessível do grupo, defrontando pela quarta vez a seleção portuguesa em fases de apuramento.
A equipa do principado, que tem no médio Nicolas Hasler a principal figura, até ‘roubou’ um empate aos portugueses em 2004, o seu único bom resultado no quadro de sete partidas disputadas entre ambos, cinco delas encerradas com goleadas, incluindo dois 8-0.
Os dois primeiros classificados de cada um dos 10 grupos apuram-se diretamente para a fase final do Euro2024, sendo que as restantes três vagas serão decididas através de um ‘play-off’, a ser disputado em março de 2024.
O Euro2024 vai decorrer entre 14 de junho e 14 de julho de 2024, na Alemanha.