Questionado pela agência Lusa, o gabinete do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, deu conta do alinhamento luso com as decisões comunitárias, admitindo ter em conta as posições dos organismos olímpicos.
“Nesta matéria, Portugal tem concertado a sua posição no quadro da União Europeia e assim continuará. O Governo português não deixará de ter em conta as posições assumidas pelo Comité Olímpico Internacional (COI) e pelo Comité Olímpico de Portugal (COP)”, respondeu, por escrito, a assessoria governamental.
Na quarta-feira, o COI admitiu a reintegração de desportistas russos e bielorrussos em competições internacionais, apesar das sanções impostas às estruturas políticas e desportivas destes dois países, na sequência da invasão à Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro de 2022.
Segundo o COI, “nenhum atleta deve ser banido da competição apenas com base no seu passaporte".
Perante esta possibilidade, apoiada pela autarca de Paris, Anne Hidalgo, mas contestada por vários países, como Reino Unido e Dinamarca, a Ucrânia já admitiu boicotar os Jogos Olímpicos Paris2024.
Contactado pela Lusa, o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, manifestou-se hoje favorável à reintegração dos atletas russos e bielorrussos nas competições internacionais, de acordo com a orientação assumida pelo Comité Olímpico Internacional (COI), que deseja “explorar” vias para o fazer.
“O desporto deve ser um fator de pacificação e aproximação entre as partes desavindas. Tudo o que tem sido feito – não no sentido de encontrar soluções equilibradas e pacíficas, mas de armar uma das partes contra a outra – não me parece que deva resultar. E está à vista o que está a acontecer”, afirmou Constantino.